Dia: 28 de junho de 2022

  • CNA solicita R$ 710 milhões de subvenção ao seguro rural para a safra de verão

    CNA solicita R$ 710 milhões de subvenção ao seguro rural para a safra de verão

    Brasília (22/06/2022) – A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) solicitou, ao Ministério da Economia, a liberação de R$ 710 milhões de suplementação orçamentária para a execução do Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), em 2022. O objetivo é garantir a cobertura do plantio da próxima safra de verão, que começa em setembro.

    O pedido foi feito na terça (21) por meio de ofício encaminhado ao secretário especial do Tesouro e Orçamento, Esteves Colnago. No documento, a entidade explica que, dos R$ 990 milhões aprovados na Lei Orçamentária Anual de 2022, mais de 52% desse volume já foi utilizado, principalmente para culturas de inverno.

    Desta forma, justifica o presidente da CNA, João Martins, que assina o ofício, ficam comprometidos os recursos para o plantio das culturas de verão. Para que o orçamento do PSR atenda pelo menos a mesma demanda de 2021, seria necessário um incremento de R$ 710 milhões que, somado aos R$ 990 milhões previstos na LOA, totalizaria R$ 1,7 bilhão.

    No ano passado, com o montante de recursos de R$ 1,18 bilhão, a subvenção ao seguro rural atendeu mais de 120 mil produtores, com 217 mil apólices e cobertura de 14 milhões de hectares. “Considerando o cenário atual, os recursos liberados para esse ano só serão suficientes para cobrir 8,1 milhões de hectares, ou seja, está muito aquém do total segurado no ano anterior”, explica Martins no ofício.

    Segundo a Confederação, em função da intensidade dos eventos climáticos e da alta sinistralidade na safra 2021/2022, e em decorrência do aumento expressivo dos custos de produção, os prêmios de subvenção ficaram mais caros, demandando maior volume de recursos para manter os mesmos indicadores que o PSR alcançou no ano passado.

    Ainda de acordo com a CNA, a maior adesão dos produtores aos seguros agrícolas também reflete o aumento das perdas decorrentes de problemas climáticos, com R$ 5,8 bilhões pagos pelas seguradoras em indenizações aos produtores, de janeiro a março de 2022.

    “Isso demonstra que a política de subvenção ao seguro rural vem funcionando para garantir a permanência de milhares de produtores na atividade”, acrescenta João Martins.

    Neste sentido, o presidente da CNA pede o apoio do Ministério da Economia para viabilizar a suplementação orçamentária, permitindo que produtores de milho primeira safra e soja possam acessar a política de gestão de riscos em 2022.

    “A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) tem defendido os incentivos à gestão de riscos para promoção do cultivo de milho primeira safra e para minimizar pressões para redução da adoção de tecnologias, em caso de frustração de safras e por renegociações de dívidas”, conclui.

    Assessoria de Comunicação CNA
    flickr.com/photos/canaldoprodutor

  • Com recorde para o mês de maio, exportações do agronegócio passam de US$ 15 bilhões

    Com recorde para o mês de maio, exportações do agronegócio passam de US$ 15 bilhões

    As exportações do agronegócio brasileiro somaram US$ 15,11 bilhões em maio de 2022, com uma alta de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano passado. O aumento do valor foi causado pela elevação nos preços médios de exportação dos produtos agropecuários brasileiros. 

    De acordo com levantamento elaborado pela Secretaria de Comércio de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, o volume de produtos exportados teve uma queda de 12,6% em maio, na comparação com maio de 2021. A redução de volume exportado pode ser explicada em função, principalmente, da diminuição das exportações de soja em grão, que apresentaram queda de 4,3 milhões de toneladas em maio de 2022 frente a maio de 2021.

    A participação relativa do setor nas exportações totais brasileiras alcançou 51% em maio. 

    Nos cinco primeiros meses de 2022, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 63,62 bilhões (+29,0%), valor histórico para o período. O recorde anterior para o período (de janeiro a maio) foi em 2021, quando as exportações registraram US$ 49,33 bilhões.

    Setores

    Os cinco maiores setores exportadores do agronegócio foram: complexo soja (53,9% de participação); carnes (14,8% de participação); produtos florestais (10,4% de participação); complexo sucroalcooleiro (4,4% de participação); e café (4,2% de participação). 

    O principal setor exportador do agronegócio brasileiro é o complexo soja, que registrou um valor recorde em maio de 2022, atingindo US$ 8,15 bilhões. O valor foi 6,2% superior na comparação com o exportado em maio de 2021. O principal fator responsável por esse valor recorde foi o aumento dos preços médios de exportação dos produtos do setor, que subiram, em média, 39%.

    As exportações de carnes chegaram ao montante recorde de US$ 2,23 bilhões (+34,3%). Esse valor ocorreu em função do incremento das vendas externas de carne bovina e de carne de frango. As vendas externas de carne bovina subiram 49,7% e alcançaram US$ 1,08 bilhão.

    O complexo sucroalcooleiro foi o único entre os cinco principais setores exportadores do agronegócio que apresentou redução nas vendas externas. O valor exportado caiu de US$ 848,23 milhões em maio de 2021 para US$ 659,28 milhões em maio de 2022 (-22,3%). A queda ocorre em função, principalmente, da redução do volume exportado de açúcar (-36,4%). 

    Importações 

    As importações brasileiras do agronegócio somaram US$ 1,53 bilhão em maio de 2022 (+25,3%). As importações de fertilizantes somaram US$ 3,11 bilhões, com alta de 277,8% em relação a maio de 2021. O volume importado aumentou 56,7%, passando de 2,6 milhões de toneladas para 4,07 milhões de toneladas em 2022. 

    O principal fator responsável pelo incremento das importações de fertilizantes foi a elevação do preço médio de aquisição da tonelada, que subiu 141,2%, chegando a US$ 763,9 por tonelada.

    Em maio de 2022, os cinco principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil foram: Rússia (US$ 881,10 milhões; 28,4% de participação); Canadá (US$ 373,09 milhões; 12,0% de participação); Marrocos (US$ 3646,60 milhões; 11,7% de participação); Estados Unidos (US$ 152,02 milhões; 4,9% de participação); e Omã (US$ 141,30 milhões; 4,5% de participação).

    Foto: Fickr CNA Brasil

    Fonte: Notícias Agrícolas

  • Aplicativo oferece análise de nutrientes da planta

    Aplicativo oferece análise de nutrientes da planta

    Para evitar o desperdício com adubação foliar, um novo aplicativo de celular oferece serviço de análise de nutrientes da planta.

    A ferramenta reduz o custo com laboratório e o resultado fica pronto na hora.

    Basta um clique na câmera do celular e em poucos segundos é possível saber se há deficiência de adubação. O scanner é feito através de um aplicativo que identifica por colorimetria os macronutrientes da folha.

    A tecnologia foi desenvolvida por uma empresa de fertilizantes com base em Israel. A ferramenta evita o desperdício de produto, aplicando dosagem específica para cada área plantada.

    “Esse novo software que nós estamos trazendo, ele tenta facilitar a vida do agricultor em todos os sentidos onde através de algoritmo de inteligência artificial, utilizando imagem, onde através, especificamente, da imagem com a foto de um celular qualquer, todos os celulares foram calibrados para poder ser utilizado. A gente consegue nessa foto entender qual a deficiência nutricional dos macroelementos primários, nitrogênio, fósforo e potássio, com uma foto, em dez segundos”, diz o diretor da israelense Haifa Group para a América do Sul, Gustavo Branco

    “Você tem uma economia de aplicação, uma assertividade maior no processo produtivo e, obviamente, um impacto ambiental menor, você não está gastando produtos desnecessariamente”, complementa.

    O Brasil consome 8% de toda a produção mundial de fertilizantes, avaliada em 55 milhões de toneladas, mas importa 85% do insumo usado pelo agronegócio.

    O potássio é o mais utilizado, representando 38%. Em seguida vem o fósforo, 33%, e nitrogênio com 29%.

    Para diminuir a dependência de importação, uma saída é aumentar a eficiência da nutrição da planta. Os chamados fertilizantes especiais são uma espécie de concentrado, com uma formulação diferenciada. A  solução oferece facilidade no manejo e pode trazer mais eficiência com menor quantidade de produto.

    “É um conceito completamente diferente. Nós não lidamos em grandes quantidades e em lotes, em que você aplica no solo todo, usando muita água, e a maior parte nem chega na planta. A ideia com os fertilizantes especiais é aplicar exatamente nas necessidades da planta, é baseado em um conhecimento de agronomia. Estamos melhorando isso para planta através da aplicação foliar ou através da aplicação nas raízes. Então, os rendimentos são muito melhores e tem muito menos poluição”, afirma Motti Levin, CEO do Haifa Group.

    A empresa planeja adquirir uma fábrica no Brasil para ampliar a atuação no mercado local.

    Fonte: Canal Rural

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