Sistema FAEB

A fruticultura cresceu e ajudou a manter o valor de produção agrícola na Bahia em 2016

O IBGE divulgou nesta quinta-feira (21), os resultados da Produção Agrícola Municipal 2016 (PAM). Os números foram apresentados pela primeira vez na Bahia, em evento realizado na sede do Sistema FAEB. “O evento acontece aqui com a intenção de ressaltarmos a importância que a agropecuária da Bahia possui, com produção que se destaca no cenário nacional”, pontuou o coordenador de Agropecuária do IBGE, Octávio de Oliveira.

Em 2016, em virtude sobretudo das condições climáticas, a Bahia perdeu participação no valor total da produção agrícola nacional, passando de 6,5% para 4,9%, mas conseguiu se manter como o sétimo estado em valor da produção, por conta do bom desempenho da fruticultura.

De acordo com os números anunciados pelo superintendente de Agropecuária do IBGE na Bahia, Luís Pacheco, a fruticultura manteve o crescimento e impediu que o Estado perdesse posições no ranking nacional. O Estado é o segundo principal produtor de frutas do país, com 12,2% do valor da produção frutícola nacional, atrás apenas de São Paulo (30,9%).

A Bahia superou Minas Gerais e se tornou o segundo maior produtor de laranja do país em 2016. O município de Juazeiro foi destaque neste segmento. Subiu duas posições e chegou a sétimo no ranking de valor de produção de frutas do país, influenciado, principalmente, pelo aumento de 143,5% no cultivo de manga. As culturas da banana (1,1 milhão de toneladas), mamão (753,4 mil t) e maracujá (342,8 mil t) também tiveram bom desempenho.

A safra de grãos não seguiu o bom desempenho da fruticultura. Foi 27,8% menor e a Bahia deixou de figurar entre os principais produtores de soja do país. Com recuos significativos, sobretudo na cultura do algodão, São Desidério perdeu liderança e caiu dez posições no ranking do valor da produção agrícola nacional. Ainda assim, a Bahia continua sendo o segundo principal produtor nacional de algodão herbáceo, com uma safra de cerca de 879 mil toneladas em 2016, 25,4% do total nacional, participação um pouco menor que a verificada em 2015 (29,4%).

Ao lado do algodão, a soja foi umas das culturas com maiores perdas em 2016 na Bahia. Com uma queda de 27,8% na produção em relação a 2015, o Estado colheu, no ano passado, 3,3 milhões de toneladas de soja.

“Os números divulgados hoje são reflexos do cenário de 2015/16,de poucas chuvas, mas hoje a expectativa é outra. Tivemos chuvas bem distribuídas nesta safra e certamente teremos aumento significativo, notadamente na produção de grãos, com perspectivas de safra recorde na região oeste do Estado. Dois mil e dezessete está sendo um ano de resultados promissores para a agropecuária da Bahia", afirmou o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Humberto Miranda. Ele disse ainda que “a Bahia é um país maravilhoso. Digo isso porque temos a dimensão territorial de um país. Com diversidade de clima e solo, de biomas, aspectos que fazem da um lugar propício para o desenvolvimento da fruticultura, por exemplo, com grande produção na região do Vale do São Francisco, mas que também vem crescendo na Chapada Diamantina. Favorecida pelo clima temperado, a produção de uvas e morangos vem se acentuando na região da Chapada”.

Também participaram do evento, o presidente do IBGE na Bahia, Artur Ferreira; a superintendente do SENAR BAHIA, Carine Magalhães; a supervisora da PAM, Larissa Isaac; representantes da SEAGRI e da SDR; imprensa local; e convidados.

Fonte: Ascom Sistema FAEB

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