O setor agropecuário baiano recebeu com entusiasmo o pacote de medidas econômicas que vai beneficiar agricultores e pecuaristas atingidos pelas fortes chuvas que deixaram um rastro de destruição e de prejuízos na Bahia. Nesta quinta-feira (10), o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e o presidente do Banco do Nordeste, José Gomes da Costa, estiveram em Salvador para divulgar as novas linhas de créditos e taxas de juros.
O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Humberto Muranda, participou da reunião com os representantes do governo federal, da instituição financeira, além de lideranças dos setores da indústria e do comércio. Ele, que é defensor das medidas, ressaltou que a iniciativa vai apoiar o pequeno e médio produtor rural. “A Bahia foi bastante castigada pelas chuvas intensas que causaram alagamentos, inundações e enxurradas, levando boa parte do patrimônio do homem do campo. Nós, que representamos o setor agropecuário, lutamos pela renegociação de operações rurais de custeio e condições especiais para novas contratações de crédito. Quero aqui, em nome do setor, agradecer e parabenizar o governo por nos atender. Esse incentivo é fundamental para a geração de emprego e renda e para tornar a nossa economia pujante”, salienta.
Em ofícios encaminhados ao governo, a Faeb solicitou a criação de uma linha emergencial, com condições especiais de pagamento, carências e prazos dilatados para produtores rurais impactados pelas enchentes. A data limite para contratação de crédito da nova linha é 30 de junho. Já a adesão à renegociação pode ser feita até o dia 30 de dezembro de 2022.
A medida contempla municípios situados na área de atuação da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) que decretaram situação de emergência ou estado de calamidade pública reconhecidos pelo governo. Segundo levantamento feito pela Faeb, dos 417 municípios baianos, pelo menos 173 estão nesta condição. O número representa mais de um terço do Estado e afetou, sobretudo, o morador da zona rural que, além da perda patrimonial, ficou impedido de escoar a produção agrícola, devido às interdições em estradas vicinais e estaduais.
“Esta iniciativa se soma a uma série de outras que comprovam que há um esforço do governo de recuperarmos a nossa economia nesse momento do pós-pandemia. Nós entendemos que há uma necessidade de dar um suporte para alavancar os diferentes setores, disponibilizando crédito subsidiado e competitivo, para permitir que haja emprego, renda e oportunidades no nosso país”, disse o ministro.
De acordo com o presidente do BNB, as medidas foram pensadas para dar aos agentes produtivos tranquilidade quanto ao horizonte de pagamento. “Para os clientes urbanos, trouxemos a alteração no FNE não rural, que tinha taxas pós fixadas, e passará a ter taxas prefixadas e menores. Já para os clientes rurais, proporcionamos a prorrogação automática das dívidas, o diferimento do pagamento, e a linha nova com condições especiais”, explicou.
O presidente da Fieb, Ricardo Alban, comemorou a equiparação dos incentivos aos diferentes setores produtivos, tão importantes para a economia. “Precisamos encontrar ambiência semelhante de competitividade. Isso seguramente resgata o empreendedorismo. Quem não é estimulado a empreender não consegue se manter e quem gera emprego é quem empreende, quer seja o micro, pequeno, individual, médio ou grande empresário. Esse é o caminho para gerar riqueza”, avaliou.
Fonte: ASCOM Faeb/Senar