O Brasil tem uma grande oportunidade para fornecer cacau para o mundo, avalia o produtor e diretor da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia (Faeb), Guilherme Moura.
Ele representou a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) durante a Conferência Mundial do Cacau, em Bruxelas, na Bélgica, entre os dias 22 e 25 de abril.
“Ficou claro nesses dias de evento que a cadeia do cacau passa por uma mudança estrutural na originação, porque basicamente a produção é centrada no continente africano, que apresenta alguns problemas de difícil solução, pelo menos no curto prazo”, disse.
Segundo ele, a África, que representa 70% da produção mundial de cacau, tem entregado menos cacau do que historicamente entregava.
“A oferta está escassa justamente por esses diversos problemas. Nesse sentido, o Brasil se coloca como uma importante alternativa porque produzimos cacau com sistemas agroflorestais, respeitando a legislação trabalhista e ambiental e isso faz com que a gente possa ajudar a suprir a demanda.”
“O evento foi muito positivo e uma forma do Brasil mostrar como produz cacau para o mundo, que é muito diferente de como a África produz.”
Encontro Paralelo – Moura também participou do evento Sul-Sul, promovido após a conferência, na quinta (25), que reuniu os principais países produtores das Américas, África e Ásia.
“Foi um momento interessante porque o Brasil era o único representante das Américas em um painel com quatro países africanos. Tive a oportunidade de falar da forma que produzimos, da CNA e dos desafios da cadeia produtiva no Brasil”, concluiu.
Fonte: CNA