Durante a colheita de 2022/2023, especialistas em grãos e degustadores da marca italiana Illy analisaram a qualidade do café de fazendeiros do mundo inteiro. Em laboratório eles avaliaram critérios como a riqueza e complexidade aromática, o equilíbrio do sabor e a intensidade do seu aroma. Além disso, um fator preponderante eram as técnicas de cultivo sustentáveis utilizadas. Diante de todos esses fatores, eles chegaram à seleção de 27 produtores de nove países para eleger o “Best of the Best” do Ernesto Illy International Coffee Award, o Melhor Café Sustentável de 2023.
E o título deste ano foi conquistado pelo Guima Café, produzido na Fazenda São Mateus, localizada nos municípios de Patos de Minas e Varjão de Minas, na região do Cerrado Mineiro, no Alto Paranaíba.
O café brasileiro concorreu com grãos da Costa Rica, El Salvador, Etiópia, Guatemala, Honduras, Índia, Nicarágua e Ruanda. Todos eles passaram por uma degustação às cegas feita por um júri internacional, do qual participou o presidente da Federação dos Cafeicultores do Cerrado, Glaucio De Castro.
O anúncio do grande vencedor ocorreu numa cerimônia realizada na Biblioteca Pública de Nova York, nos Estados Unidos.
O anúncio do grande vencedor ocorreu numa cerimônia realizada na Biblioteca Pública de Nova York, nos Estados Unidos.
“Foi um dia histórico e memorável para nós do Guima Café! Sem palavras para descrever o quanto estamos felizes com esta conquista mundial que leva o café brasileiro, da região do Cerrado Mineiro, para o mundo!”, comemorou Eduardo Dominicale, CEO do Grupo BMG.
Um dos principais diferenciais do café do Cerrado mineiro é seu cultivo sustentável.
“Adotamos a agricultura regenerativa, que, entre outros benefícios, melhora a fertilidade do solo e aumenta a biodiversidade dos ecossistemas, o que traz impactos positivos ao produto final que chega ao consumidor”, diz Dominicale.
Na técnica da agricultura regenerativa faz-se a rotação de culturas, o plantio de árvores frutíferas na lavouras, assim como usa-se menos aração, pesticidas e fertilizantes.
O Guima Café, produzido em planícies e vales com altitude média de 1.030 metros, possui o selo de denominação de origem Região do Cerrado Mineiro, que indica a origem do seu produto. Em 2008 também foi certificado pela RainForest Alliance. A fazenda onde os grãos são cultivados é a quarta no mundo a receber a certificação britânica Regenagri® de cafeicultura regenerativa.
Para valorizar a fauna local, os cafés das diferentes safras são batizados com os nomes de animais encontrados no Cerrado, como o lobo-guará, a seriema e o tatu.
Fonte: Conexão Planeta