Nessa semana foram realizados Painéis do Projeto Campo Futuro na região Litoral Norte da Bahia. A citricultura vez se destacando na região, havendo incrementos de áreas cultivadas e busca por melhor performance. Na segunda (29) foi realizado um painel de laranja, em Rio Real (BA). Na oportunidade, levantou-se o custo de produção na região, contanto com a participação de produtores e técnicos.
Definiu-se como propriedade modal na região, ou seja, uma propriedade com características que mais ocorrem, sendo uma área de 10 hectares cultivados com a fruta, em sistema não irrigado e semimecanizado. O plantio é realizado utilizando mudas enxertadas, e embora sejam utilizadas também outras variedades como porta-enxerto, o limão cravo predomina. A título de construção dos custos e receitas, considerou-se um pomar já estabilizado, em 5º ano de cultivo. Para a região usualmente são conduzidas duas safras ao ano, com produtividade de 40 toneladas/ano. A comercialização é realizada com intermediários, e a laranja destinada ao mercado de mesa ou indústria. O mercado de laranja está aquecido, altas históricas, haja visto a produção nacional e global aquém ao demandado, em especial pelas indústrias. Já na terça (30), foi levantado os custos de produção de lima ácida tahiti em Inhambupe (BA). O modal da região é uma área de cultivo de quatro (04) hectares cultivados com a fruta, em sistema semimecanizado, não irrigado.
O número de safras por ano é variável – duas a três -, a depender do clima e condições propicias para poda e indução floral. Para o painel também definiu-se uma pomar estabilizado, em 5º ano de cultivo, com produtividade 5 caixas de 25 quilogramas por planta, 69 toneladas/hectare ao ano. Produtores destacaram que o manejo de pragas e doenças é crucial para a produção.
Campo Futuro – CNA levanta custos de produção de morango em Ibicoara, Bahia
Painel do Projeto Campo Futuro reuniu produtores e técnicos em Ibicoara (BA), cidade da Chapada Diamantina, e que possui expressividade na produção de morango. Na oportunidade levantou-se os custos de produção da cultura, sendo definido como propriedade modal aquela que possui 0,5 hectares cultivados com morango. O sistema de cultivo é irrigado, semimecanizado. O plantio realizado no solo, com uso de mulching – auxilia no controle de plantas daninhas e manutenção de umidade no solo – e tuneis de proteção – auxilia no controle de temperatura e incidência solar -.
A atividade é conduzida por mão-de-obra familiar, sendo contratada mão-de-obra terceirizada para condução de alguns tratos culturais, como plantio e limpeza de folhas velhas. O estande de plantio é de 15 mil plantas, com produção de 1,5 quilogramas/planta/ano, em um ciclo de cultivo de 24 meses, tendo início da colheita com cerca de 90 a 100 dias após o plantio. Produtores relatam que é possível manejar e colher em um período mais extenso, no entanto, há redução de vigor ao passar dos meses e menor rendimento de frutos por planta. Além disso, há maior incidência de doenças e o manejo torna-se mais difícil. Dentre as principais pragas e doenças manejadas estão o mofo branco, míldio, oídio, acaro rajado e lagartas. Produtores relatam que há ampliação na utilização de biodefensivos, assim como outros insumos biológicos, e que os resultados têm sido positivos.
Campo Futuro – CNA levanta custos de produção de café arábica em Piatã, Bahia
Nesta sexta (02), o Projeto Campo Futuro realizou painel para levantamento de custos de produção de café arábica, em Piatã (BA). Na ocasião estiveram presentes produtores e técnicos, que contribuíram na construção do modal produtivo. A cafeicultura da região é predominantemente de agricultura familiar, havendo auxilio de mão-de-obra externa em algumas etapas, principalmente na colheita. O clima e altitude da região, manejo, e em especial os tratos na colheita e pós-colheita, como a seleção de frutos, a secagem evitando exposição ao ambiente, umidade e oscilações bruscas de temperatura, possibilitam a produção de cafés especiais, com valor agregado e ótima aceitação pelos compradores.