Brasil ocupa o topo da lista concentrando cerca de 38% da produção global do grão
Por Luciana Franco — São Paulo
O Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo, representando cerca de 38% da produção global. Na safra 2023/24, a expectativa é colher 44,9 milhões de sacas de café arábica e cerca de 21,4 milhões de café robusta. Caso a projeção se cumpre, a produção nacional será de 66,3 milhões.
Neste período, a produção global deve ultrapassar as 171, 4 milhões de sacas, de acordo com estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês). Se confirmado, o volume será 4% maior que o obtido na safra anterior. Este aumento se deve especialmente ao bom desenvolvimento das safras do Brasil e da Colômbia, importantes produtores mundiais.
O segundo maior produtor do mundo é o Vietnã, que deverá colher uma safra de 27,5 milhões de sacas, seguido pela Colômbia, cuja produção está estimada em 11,5 milhões de sacas. Juntos estes três países responderão em 2023/24 por mais de 61% da produção mundial de café.
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Quem são os maiores produtores de café do mundo
- Brasil: 66,4 milhões*
- Vietnã: 27,5 milhões*
- Colômbia: 11,5 milhões*
- Indonésia: 9,7 milhões*
- Etiópia: 8,3 milhões*
- Índia: 6 milhões*
- Honduras: 5,7 milhões*
*O volume está em sacas de 60 quilos e corresponde a produção na Safra 2023/24
Os efeitos do clima na produção do café
No Brasil a safra está sendo beneficiada pelo aumento dos volumes de chuvas sobre as plantações de café arábica, especialmente nas regiões do Cerrado e Sul de Minas Gerais, o que resultou em grãos mais pesados em comparação com a safra passada, propiciando ganhos de produção.
Mais sobre Mudanças climáticas
As regiões produtoras de café arábica estão se recuperando das adversidades climáticas das últimas duas safras, que incluem geadas em 2021 e altas temperaturas e chuvas em níveis abaixo das médias históricas em 2022, que comprometeram o desenvolvimento dos cafezais nas safras 2021/22 e 2022/23.
Já a produção de café robusta, após seis anos em expansão, deve cair 1,4 milhão de sacas em 2023/24 em função do baixo índice de chuvas e do registro de temperaturas mais amenas que atrasaram a floração no Espírito Santo, principal produtor de robusta do Brasil.
No Vietnã, onde a maior parte da produção é de café robusta, a safra crescerá 300 mil sacas. Da mesma forma, a Colômbia elevará em 800 mil sacas a sua safra de café arábica em resposta ao ligeiro aumento de produtividade, apesar da redução do uso de fertilizantes pelos cafeicultores em função dos altos preços.
Fonte: Globo Rural