As exportações brasileiras de milho continuaram expressivas em setembro deste ano, mais do que dobrando em volume em relação a setembro de 2016. O faturamento também quase duplicou. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (2) pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC).
Já ante agosto deste ano, os embarques externos do cereal avançaram 28,8% em receita e 29,4% em volume. O País exportou, em setembro deste ano, 5,914 milhões de toneladas de milho e faturou US$ 915,6 milhões, alta, respectivamente, de 113,2% e 95,7% em relação a setembro/2016, quando foram embarcados ao exterior 2,913 milhões de toneladas a US$ 491,3 milhões.
Já em agosto de 2017 os embarques somaram 5,257 milhões de toneladas por US$ 817,5 milhões. O resultado continua refletindo os leilões realizados pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em apoio à comercialização da safra do cereal, que têm estimulado a negociação de grandes volumes destinados ao mercado externo.
O faturamento continuou avançando em setembro, mesmo com queda de 8,2% no preço médio por tonelada no mês passado ante igual mês de 2016, quando se pagavam US$ 168,6 mil por tonelada, ante US$ 154,8 mil/t em setembro/2017. A média diária de embarques também teve avanço expressivo.
Em setembro de 2017 o País exportou por dia 295,7 mil toneladas, ante 138,7 mil toneladas em igual mês de 2016 (+113%) e 228,6 mil toneladas em agosto/2017 (+29,35%). No acumulado dos nove primeiros meses do ano, os embarques de milho para o exterior somam 16,702 milhões de toneladas.
O volume é 11% menor que os 18,813 milhões de toneladas embarcadas entre janeiro e setembro do ano passado, quando a demanda externa aquecida e os preços internacionais atrativos fizeram produtores e cooperativas darem prioridade ao mercado externo. Essa tendência também acabou afetando o abastecimento de granjas e indústrias de ração no Brasil.
A receita no período somou US$ 2,724 bilhões, 13,24% menos que a receita de US$ 3,140 bilhões registrada nos oito primeiros meses do ano passado.
Fonte: Estadão Conteúdo