Na oportunidade foram avaliados os contextos sociais da região e especialmente as variáveis culturais encontradas no campo, onde vem avançando a adesão de muitas famílias de produtores rurais que acreditam na assistência técnica e extensão rural.
“Acredito que devemos insistir no investimento de uma tomada de consciência. Não adianta a gente atuar e promover a estruturação da propriedade e não promover a mudança de mentalidade. Devemos ter como referência os bons empreendedores rurais, que além da mudança na propriedade, aproveitam as oportunidades e adotam novos métodos de gestão do seu empreendimento, assimilam técnicas de resultados nas suas práticas culturais e otimizam seus negócios”, pontuou Humberto Miranda.
Ele ressaltou que é de fundamental importância que além da assistência técnica e permanente consultoria aos produtores, “é necessário investir na ideação de fortalecimento das organizações sociais. As cadeias produtivas organizadas têm maiores possibilidades de negócios e lucratividade. Sem isso fica muito difícil prosperar”, disse ele.
Os supervisores destacaram que apesar das adversidades, já se tem diversos criadores que assimilaram as orientações das capacitações e consultorias, e com isso estão mudando suas condições de vida, a partir da adoção da modernização do manejo cultural e gestão da propriedade.
Em concordância com os apontamentos, João Gonçalves destacou que muitos produtores já não deixam suas propriedades para se arriscarem nos gerais para trabalhar nos cafezais, deixando suas famílias anualmente em busca da sobrevivência, ou na economia urbana mais próxima.
“Com as capacitações e consultorias do Pro-Senar e agora o acompanhamento técnico pelo Agronordeste, muitos redescobriram as oportunidades em suas propriedades e se veem empreendedores do campo, com adoção de novas práticas de gestão e manejo dos recursos existentes na propriedade, vivendo dignamente da atividade”, disse o presidente do SINPRI, ressaltando que apesar de algumas mudanças de cenários, “ainda é maioria os produtores que apresentam resistência à formação e a assistência técnica, o que reduz a celeridade das transformações necessárias. Devemos aproveitar este momento de dois anos de assistência técnica gratuita para as diferentes cadeias produtivas e verificar as estratégias que possam estimular o investimento na formação e adoção de novos conceitos de gestão da propriedade rural. Acredito que para isso, deve-se por exemplo, mostrar à exaustão, os resultados positivos que estão ocorrendo”, concluiu.
AGENDA – Humberto Miranda concedeu entrevista aos radialistas André Luiz e Zé Bastos, no Jornal da Manhã da emissora Caraíbas FM, na manhã desta terça-feira, 27 e logo depois seguiu para o Baixio de Irecê. Ele se encontra na região de Irecê, onde permanece até quinta-feira, dia 30, em agenda articulada pelo escritório regional do Sebrae, envolvendo atividades de visitações no Baixio de Irecê, Jussara, Presidente Dutra, Morro do Chapéu e Barro Alto.
Fonte: DA REDAÇÃO I Cultura&Realidade