A estimativa de maio para a safra baiana de
cereais, leguminosas e oleaginosas (também conhecidos como grãos), em
2017, totalizou 7.665.158 toneladas, o que representa um crescimento de
38,4% em relação à safra de 2016 (5.540.033 toneladas). A área a ser
colhida com grãos está estimada em 2.946.894 hectares e deverá aumentar
5,9% frente à de 2016 (2,783 milhões de hectares).
Em
relação às informações de abril, a estimativa de produção baiana de
grãos manteve-se estável, com uma discreta variação positiva (0,6%) na
área a ser colhida.
A previsão de
safra 2017 atualizada em maio mantém a Bahia como o oitavo estado
produtor de grãos do país, responsável por 3,2% da safra nacional,
estimada em 238,6 milhões de toneladas – com um aumento de 29,2% em
relação ao ano de 2016 e também estabilidade (+0,2%) em relação à
previsão de abril.
A participação da Bahia na safra
brasileira de grãos vem caindo sistematicamente ao longo deste ano: era
de 3,7% na estimativa de janeiro, chegando a 3,2% em maio. Mato Grosso
permanece na liderança, sendo responsável por ¼ da safra (25,6%),
seguido pelo Paraná (17,9%) e Rio Grande do Sul (15,8%).
As
informações são do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola
(LSPA), realizado mensalmente pelo IBGE. O grupo de cereais, leguminosas
e oleaginosas (grãos) engloba os seguintes produtos: arroz, milho,
aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo, triticale, amendoim, feijão,
caroço de algodão, mamona, soja e girassol.
Safra baiana de soja deve ser 50,9% maior que a de 2016, quarto maior aumento entre os estados produtores
A produção nacional recorde de soja em 2017 está
estimada em 113.871.771 toneladas, refletindo um crescimento de 18,5% em
relação à safra de 2016, com aumentos nas áreas plantada (1,7%) e
colhida (2,1%) e no rendimento médio (16,1%), que deverá chegar a 3.367
kg/ha neste ano.
A boa performance da leguminosa decorre de um clima
mais benéfico, que proporcionou maior umidade nas principais regiões
produtoras.
Dentre os 19 estados que plantam soja no país, a
Bahia deverá ter o quarto maior aumento de produção na comparação com
2016 (+50,9%), com safra estimada em 4.849.200 toneladas em 2017, frente
a 3.212.600 toneladas em 2016. O crescimento da safra de soja baiana
fica abaixo apenas dos estimados para o Piauí (212,5%), Maranhão
(110,4%) e Acre (74,0%).
Outros importantes produtores também estimam
aumentos expressivos na safra de soja frente a 2016: Tocantins (24,8%),
Pará (22,5%), Mato Grosso do Sul (18,5%), Rondônia (18,5%), Mato Grosso
(17,0%), São Paulo (15,8%), Paraná (14,8%), Rio Grande do Sul (14,6%),
Goiás (10,9%), Santa Catarina (8,8%) e Minas Gerais (4,6%).
Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul são os
principais produtores nacionais de soja, responsáveis respectivamente
por 27,0%, 17,2% e 16,3% da safra brasileira.
A Bahia responde por 4,3% da produção nacional de
soja (7ª maior participação). Entretanto, a soja é o principal produto
em termos de participação dentro do estado, representando 63,3% da safra
de grãos estimada para a Bahia em 2017.
Com previsão de aumento de 27,8% no rendimento médio, produção de algodão na Bahia é revista para cima em relação a 2016
Segundo maior produtor de algodão herbáceo em caroço
do país (com 22,0% do total nacional), a Bahia teve uma revisão na
estimativa de safra desse produto para 2017, passando de uma redução de
-1,3% para um aumento de 1,4% em relação ao que foi colhido em 2016
(806.554 toneladas neste ano, frente a 795.164 no ano passado).
A inversão de tendência se deu em razão da
atualização na estimativa do rendimento médio, que deverá ser de 3.951
kg por hectare (ha) em 2017, com um aumento de 27,8% em relação a 2016
(3.092 kg/ha).
A estimativa de maio para a produção brasileira de
algodão (3.626.128 toneladas) teve leve redução (-0,3%) em relação ao
previsto em abril, mas é 7,3% maior que a de 2016 (3.378.197 toneladas).
Mato Grosso, com uma safra 2017 estimada em 2.417.945 toneladas (66,7%
do total), é o maior produtor brasileiro do grão.
Na Bahia, o algodão é o terceiro produto em
participação, representando 10,5% do total da safra de grãos estimada
para o estado em 2017.
Fonte: Correio da Bahia