Nordeste tem a capital da uva e do vinho do Brasil em pleno sertão

Você já imaginou que o sertão nordestino poderia ser um dos maiores produtores de uva e vinho do país? Pois é, essa é a realidade de Petrolina, uma cidade localizada no interior de Pernambuco, às margens do Rio São Francisco.

Petrolina é considerada a capital da uva no Brasil, pois tem a maior colheita da fruta do país — e fatura alto com essa cultura. Em 2022, o município colheu 236 mil toneladas de uva, o que representa 16% de toda a safra nacional. Além disso, boa parte da produção se destina a fazer vinhos finos, que já conquistaram prêmios e reconhecimento internacional.

Mas como é possível cultivar uva e vinho em uma região tão quente e seca? A resposta está na irrigação abundante do Rio São Francisco, que permite até duas safras por ano, e na tecnologia de ponta empregada pelos produtores locais, que contam com o apoio de instituições de pesquisa e extensão rural.

Exemplo que coleciona prêmios

Um dos exemplos de sucesso na vitivinicultura de Petrolina é a Rio Sol, uma vinícola que nasceu há 20 anos no Vale do São Francisco, fruto da parceria entre uma empresa pernambucana e uma portuguesa. A Rio Sol combina o clima semiárido do Nordeste com as características das vinhas portuguesas, resultando em produtos únicos e exclusivos.

A Rio Sol possui mais de 20 produtos em seu portfólio, que vão desde espumantes brutos até suco de uva tinto integral. Anualmente são produzidas cerca de 3 milhões de garrafas, distribuídas para todo o Brasil. A marca já conquistou diversos prêmios nacionais e internacionais, reconhecendo a excelência dos seus produtos.

O ‘Velho Chico’ ajuda na fartura

Petrolina não se destaca apenas pela uva e pelo vinho, mas também por outras culturas agrícolas, como manga, coco, goiaba, banana, cana-de-açúcar, maracujá, cebola, mandioca, feijão e milho. A cidade é um polo de desenvolvimento econômico e social do Nordeste, gerando emprego e renda para milhares de pessoas.

A tabela abaixo mostra as culturas agrícolas mais produzidas em Petrolina. As informações são da Embrapa.