Após aperfeiçoar as técnicas de extração de mel em suas propriedades, pequenos produtores rurais do município de Pé de Serra, região sisaleira, aumentaram quase 100% o volume da produção. Isso, graças às orientações técnicas e gerenciais passadas pelos profissionais do programa Agronordeste, do Senar Bahia, que conseguiram, em pouco mais de um ano, profissionalizar essa cadeia produtiva no município.
A atividade é, agora, a principal fonte de renda de pelo menos 30 famílias. Para chegar nesse ponto, foi preciso aprender muita coisa, já que os apicultores exerciam o ofício apenas no instinto, sem conhecimento técnico. Através do Agronordeste, eles aprenderam a instalar corretamente o apiário, com a utilização de colmeias padrão Langstroth, e, consequentemente, a fazer a captura e o manejo adequado das abelhas, culminando na colheita do mel, com envase em embalagem estéril, até a comercialização da iguaria. Tudo isso fazendo o uso de equipamentos de proteção individual e utensílios básicos para o beneficiamento da produção.
“O que antes era uma atividade extra, sem tantas perspectivas de lucro, hoje é uma atividade formal, devidamente padronizada e que já movimenta, mesmo que timidamente, a economia. Outro ponto que merece destaque é no papel social que o programa exerce sobre seus atendidos, capacitando-os gratuitamente para alcançar a sustentabilidade produtiva e financeira”, observou Ellen Santos, coordenadora de programas do Senar Bahia.
Segundo a técnica de campo, Lili Freitas, os resultados são animadores. Como a organização social é uma temática transversal trabalhada entre os assistidos, o grupo já demonstra, na prática, a absorção dos ensinamentos. Recentemente, os 30 apicultores se reuniram e fizeram a aquisição conjunta de mais de 250 colmeias padrão, com recursos próprios. Com a extração realizada, os apicultores já cobriram o custo do investimento.
“Esta ação chegou ao município por intermédio do Sindicato dos Produtores Rurais de Riachão do Jacuípe, que nos dá o apoio necessário para a execução do programa. Em tão pouco tempo já deu para perceber que os assistidos estão satisfeitos e isso nos deixa com o sentimento de que estamos no caminho certo. Conseguimos apresentar novas tecnologias a um grupo que produzia de forma rudimentar, e eles viram que com novas metodologias conseguem extrair muito mais. Além disso, trabalhamos conscientização sobre medidas de segurança, sanidade, manejo, controle de pragas, visão de mercado e controle de receitas e despesas. Já temos produção em média escala. Quem sabe em breve não teremos uma cooperativa?”, indagou.
Fonte: ASCOM Faeb/Senar