A transposição do rio São Francisco será essencial para a agricultura irrigada no Nordeste, segundo a avaliação do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (FAEC), Flávio Saboya.
Saboya esteve presente na audiência pública da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI), para discutir o andamento das obras da transposição.
A transposição é fundamental para resolver o problema da baixa reserva hídrica que preocupa o setor em alguns Estados. No Ceará, por exemplo, o baixo volume de água disponível nos reservatórios fez o Estado adotar o racionamento e priorizou o consumo humano.
A interrupção das obras em um dos eixos construídos para levar água para o Ceará é um sinal de alerta, disse Saboya. Uma nova licitação está marcada para este mês. “Podemos praticamente ficar sem água no primeiro semestre do ano que vem”, afirmou.
O ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, afirmou que serão construídos 477 quilômetros nos eixos Norte e Leste para levar água a cinco Estados: Bahia, Pernambuco, Paraíba, Ceará e Rio Grande do Norte.
Segundo ele, o eixo Leste deve ficar pronto ainda neste mês e começa a transportar água a partir de fevereiro. Já a previsão de término do Eixo Norte, onde está o Ceará, é para dezembro de 2017.
Participaram dos debates o governador do Rio Grande do Norte, Robinson Mesquita de Faria, o secretário de Recursos Hídricos e Energéticos de Pernambuco, José Almir Cirilo, e o secretário de Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia da Paraíba, João Azevedo Lins Filho. Acompanhou a audiência pública o assessor técnico da Comissão Nacional da Região Nordeste da CNA, Joaci Medeiros.