Sistema FAEB

Uma agropecuária mais sustentável e resiliente

“Como aconteceu nos últimos anos, o campo foi, mais

uma vez, afetado pelo clima, reforçando a necessidade do produtor

brasileiro buscar novos conhecimentos para se adaptar às mudanças e

seguir produzindo e preservando o meio ambiente. Para auxiliar o

produtor, fechamos parcerias, realizamos eventos e desenvolvemos

programas e projetos voltados para uma agropecuária mais sustentável e

resiliente”, resume o secretário executivo do SENAR, Daniel Carrara.

Em 2016, o SENAR criou dois programas para ajudar o

produtor a vencer as intempéries climáticas e continuar produzindo o ano

todo: Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura e Agricultura

Irrigada. O Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura surgiu de um

acordo de cooperação técnica entre o SENAR e o Ibama e para capacitar

produtores e trabalhadores rurais na prevenção e controle do fogo com

técnicas específicas. A primeira ação da parceria foi a capacitação de

instrutores de nove Administrações Regionais, realizada por técnicos do

Prevfogo/Ibama. A partir do treinamento, foram criados dois cursos de

Formação Profissional Rural (Prevenção e controle do fogo na agricultura

– 40 h e Queima Controlada e Alternativas ao Uso do Fogo – 24h) para

serem ofertados pelos estados. O SENAR também disponibiliza via educação

a distância o curso Prevenção e Controle de Fogo na Agricultura com

20h, aulas no Canal do Produtor TV e um com técnicas de prevenção e combate.


Capacitação de instrutores para o programa Prevenção e Controle do Fogo na Agricultura

Já o programa Agricultura Irrigada é

voltado à capacitação de produtores na gestão dos sistemas de

irrigação. Em parceria com o Instituto de Pesquisa e Inovação na

Agricultura Irrigada (Inovagri), incentiva a adoção de tecnologias de

irrigação assegurando a produção de alimentos mesmo em regiões com

escassez de água. O SENAR dividiu o programa em duas etapas, iniciando

com atualização e preparação de instrutores, seguida da capacitação do

produtor em gestão de sistemas de irrigação, que terá à disposição três

cursos: irrigação localizada (micro aspersão e gotejamento), irrigação

por aspersão (convencional, pivô central, canhão) e irrigação por

superfície (sulco e tabuleiro).

Instrutores foram capacitados em sistemas de irrigação localizada.

“As atividades começaram com o treinamento de 31

instrutores de 17 estados. Em 2017, os instrutores iniciam a capacitação

de produtores e trabalhadores rurais na utilização da irrigação como

tecnologia que garanta a segurança alimentar, preservando os recursos

naturais e melhorando a produtividade” explica o coordenador do programa

de Irrigação, Rafael Nascimento da Costa.

 

Um Cerrado mais sustentável


Na mesma linha de programas para ajudar o produtor a produzir com sustentabilidade, o SENAR desenvolve o Projeto ABC Cerrado,

ofertado em parceria com a Embrapa, Ministério da Agricultura e com

recursos do Banco Mundial. A iniciativa está focada na difusão de

tecnologias de baixa emissão de carbono em oito estados brasileiros:

Bahia, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais,

Tocantins, Maranhão e Piauí. Além das capacitações em quatro tecnologias

(Recuperação de Pastagens Degradadas, Sistema Plantio Direto,

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e Florestas Plantadas), os

produtores  do Maranhão, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e

Goiás  passaram a receber Assistência Técnica e Gerencial do SENAR, em

2016. A entidade capacitou 160 Técnicos de Campo na metodologia de ATeG,

que já estão atuando em 1.570 propriedades. Mais de mil produtores

participaram das capacitações do projeto em 2016 e mais de 1,8 mil estão

atualmente sendo capacitados. 

Produtores de Minas Gerais recebem capacitação em Recuperação de Pastagens Degradadas.

 

O produtor que participa do ABC Cerrado tem vários

benefícios, tanto ambientais quanto econômicos, como a reestruturação

física do solo e aumento no teor de matéria orgânica, diversificação da

atividade rural, valorização da terra, aumento da produtividade e,

consequentemente, da renda e qualidade de vida. 

“Em 2017, vamos desenvolver a Fase 2 do Projeto ABC

Cerrado. Serão mais de 2 mil novas vagas para capacitações profissionais

nas tecnologias preconizadas no Projeto e mais 400 vagas para

Assistência Técnica e Gerencial, que será oferecida durante 18 meses”,

adianta a coordenadora de programas e projetos do SENAR, Janei Cristina

Resende.

Primeira parceria SENAR/FAO

Ainda sobre as tecnologias de baixa emissão de

carbono, o SENAR firmou a primeira parceria com a Organização das Nações

Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) no Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas na Amazônia (PRADAM), para disseminar práticas de agricultura de baixo carbono.

“O SENAR é uma referência global, muito mais que uma

referência brasileira, pois já transbordou as fronteiras do Brasil. É

hoje uma referência de modelo de capacitação, pela qualidade e forma de

ensino. Por isso, para nós da FAO, essa parceria é muito importante”,

ressaltou o representante da Organização das Nações Unidas para

Alimentação e Agricultura (FAO) no Brasil, Alan Bojanic, durante

assinatura do acordo. 

Presidente da CNA e do Conselho Deliberativo do SENAR, João Martins, e representante da FAO assinam termo de parceria do PRADAM.

No PRADAM, o SENAR capacitou técnicos na metodologia

de Assistência Técnica e Gerencial e, com Embrapa e Ministério da

Agricultura, realizou seminários sobre Sistema Plantio Direto,

Recuperação de Áreas Degradadas e Sistemas Agroflorestais, com destaque

para a Integração Lavoura-Pecuária-Florestas (iLPF) nos estados do Acre,

Amazonas, Mato Grosso, Pará, Maranhão e Rondônia.

ATeG do SENAR e a Resiliência climática 

O SENAR também quer contribuir no fortalecimento das

metas estipuladas no Acordo de Paris, primeiro marco do regime

internacional do clima aprovado durante a Conferência do Clima (COP-21)

por 195 países, em dezembro de 2015. Para isso, realizou este ano o 1º

Seminário Internacional Resiliência Climática e Descarbonização da

Economia, com a participação de especialistas de diversas áreas.

“Uma das estratégias que apresentamos no seminário

para ajudar o produtor na adaptação das propriedades às mudanças

climáticas é a assistência técnica. Eu não tenho a menor dúvida de que

sem a produção assistida, sem a Assistência Técnica e Gerencial, o

produtor terá dificuldade para encarar os desafios climáticos. Temos que

juntar pesquisa com implementação tecnológica, o que só se dá através

de Assistência Técnica e Gerencial”, afirma Daniel Carrara. 

 

 

Secretário Executivo do SENAR, Daniel Carrara.

 

 

 

O SENAR vem atendendo o produtor, desde 2013, com um

modelo inédito de Assistência Técnica e Gerencial, baseado em

transferência de tecnologia e gestão. Atualmente, 23 Administrações

Regionais promovem Assistência Técnica e Gerencial em 60 mil

propriedades rurais, oferecendo consultoria técnica e gerencial, de

forma efetiva e constante. Em 2016, a entidade ampliou a equipe de

instrutores de Metodologia de ATeG, composta agora por 11 profissionais e treinou mais de mil Técnicos de Campo e 87 Supervisores de 17 Administrações Regionais.

Ainda na linha da resiliência climática, a ATeG do

SENAR está desenvolvendo um projeto específico para ajudar o Brasil a

alcançar as metas do Acordo de Paris. É o Resilient Farmer,

focado na disseminação de alternativas tecnológicas e ambientais que

respeitem as especificidades das propriedades e as características de

cada bioma brasileiro. “Com a produção assistida, que envolve orientação

técnica continuada e gestão, o produtor poderá fazer as adequações

necessárias, recuperar áreas degradadas e, assim, contribuir com a

redução das emissões de gases de efeito estufa”, explica o coordenador

de ATeG, Matheus Ferreira. 

“Com a produção assistida, produtor poderá recuperar as pastagens e

reduzir os gases de efeito estufa", acredita Matheus Ferreira,

coordenador de ATeG do SENAR.

O SENAR já desenvolve o projeto Rural Sustentável,

em parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

(MAPA), capitaneado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

Uma cooperação do Governo do Reino Unido com o Ministério para difundir,

em unidades demonstrativas, as tecnologias de baixa emissão de carbono e

replicar essa tecnologia em Unidades Multiplicadoras em dois biomas

brasileiros – Mata Atlântica e Amazônia, além de garantir a Assistência

Técnica e Gerencial.

Assessoria de Comunicação do SENAR

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