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Valor da produção agropecuária deve crescer 4,4% em 2017

O valor bruto da produção agropecuária (VBP) deve atingir R$ 544,856 bilhões em 2017, valor 4,4% (ou R$ 23,157 bilhões) superior ao registrado no ano passado, quando a renda no campo recuou 1,8% (ou R$ 9,737 bilhões) para R$ 521,698 bilhões, por causa da forte quebra de safra provocada pelo fenômeno El Niño.

O principal destaque é o aumento do faturamento dos agricultores, que cresce neste ano impulsionado pela colheita da safra recorde de grãos, favorecida pelas boas condições climáticas, e pela perspectiva de bom rendimento na cana -de- açúcar.

Os dados são de um estudo divulgado nesta terça-feira (16/5) pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, que aponta para um crescimento de 10,2% (R$ 34,695 bilhões) na renda obtida com a venda dos produtos agrícolas, para R$ 374,674 bilhões.

Os cálculos realizados com base nos levantamentos de safra e de preços relativos a abril, sinalizam que o setor de proteínas animais, que encolheu 3,3% no ano passado (R$ 6,279 bilhões), deve recuar mais 6,3% (R$ 11,538 bilhões) para uma renda estimada em R$ 170,281 bilhões em 2017.

A soja, principal commodity do agronegócio brasileiro, deve ter um crescimento de 1,5% (R$ 1,680 bilhão) no valor da produção, para R$ 116,731 bilhões, apesar do crescimento de 18,4% na produção, com uma safra projetada em 113 milhões de toneladas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O estudo prevê aumento de 51,8% (R$ 25,419 bilhões) na receita da cana-de-açúcar, para R$ 77,382 bilhões, voltando a ocupar o segundo lugar como principal produto agrícola. Com isso o milho recua para o terceiro lugar, mesmo com aumento de 20,8% (R$ 8,474 bilhões) no valor da produção, estimado em R$ 49,814 bilhões.

No setor de proteínas animais apenas o suíno e o leite têm perspectivas otimistas. O crescimento da suinocultura é calculado em 10,2% (R$ 1,464 bilhão) para R$ 15,867 bilhões. Na pecuária de corte o aumento é estimado em,4% para R$ 27,819 bilhões.

A renda da pecuária de corte cai no quarto ano consecutivo. Desta vez o recuo é estimado em 5,7% (R$ 4,135 bilhões) para R$ 68,044 bilhões. A avicultura de corte perde 11,5% (R$ 6,277 bilhões) para R$ 48,176 bilhões. O setor de postura, que vinha de anos seguidos de crescimento, agora deve recuar 23,9% (3,252 bilhões) para R$ 10,373 bilhões.

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