As exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 59,2 bilhões entre janeiro e julho deste ano, valor recorde de toda a série histórica, iniciada em 1997. O valor é 5% maior do que o registrado no mesmo período de 2017, informou, nesta quinta-feira (9), o Ministério da Agricultura. Segundo o órgão, a alta se deve, principalmente, à expansão do volume embarcado para o exterior, de 4,3%.
As importações do setor totalizaram US$ 8,3 bilhões no período, com queda de -0,6%. Como resultado, a balança comercial teve um superávit de US$ 50,9 bilhões.
O agro representou 43,4% do total das vendas externas brasileiras no período analisado. O complexo soja foi o principal responsável pelo resultado das vendas externas nos sete primeiros meses do ano, somando US$ 27,26 bilhões (+18,5%). As vendas de soja em grão foram de US$ 22,50 bilhões (+17,2%) e tiveram participação de 82,5% no valor total exportado pelo segmento. O montante também é recorde, assim como o volume, de 56,47 milhões de toneladas.
Os produtos florestais ficaram na segunda posição dentre os principais segmentos do agronegócio, atingindo US$ 8,11 bilhões, em alta de 27,4%. O principal item exportado foi a celulose, com US$ 4,94 bilhões (+40,8%), com recorde de 9 milhões de toneladas (+11,0%).
A Ásia aumentou sua participação entre os importadores do agro brasileiro de 16,1% em 1997 para 51,8%. Como vem se registrando nos últimos anos, a China é o o principal mercado. Pelo menos 80% da soja exportada pelo Brasil vai para o país asiático.
Entre os países importadores de produtos do agronegócio brasileiro também se destacam a Turquia (US$ 954,05 milhões; +106,5%); Coreia do Sul (US$ 1,16 bilhão; +26,7%); Argentina (US$ 971,47 milhões; +25,6%); França (US$ 804,44 milhões; +17,1%); e Hong Kong (US$ 1,51 bilhão; +16,1%).
Fonte: O Globo