O levantamento da consultoria AgRural mostra que a colheita do milho de segunda safra no Centro-Sul avançou 4,5 pontos percentuais nesta semana e atingiu 9,3% da área estimada. As boas condições climáticas favoreceram os trabalhos, que estão atrasados em relação aos 12,4% do mesmo período do ano passado, mas em linha com os 8,8% da média de 4 anos.
Segundo a AgRural, com poucas lavouras em ponto de colheita e umidade elevada, o Paraná segue puxando o atraso com menos de 1% colhido. “Por lá, os trabalhos ainda estão iniciando na região oeste, onde aproximadamente 12% está em maturação. Alguns produtores estão preocupados com possíveis problemas na qualidade devido ao início de junho chuvoso”, diz Fernando Muraro, sócio-diretor da consultoria.
O levantamento realizado em Mato Grosso mostrou que a colheita começou a ganhar ritmo nesta semana e chegou a 21,3%, contra 23% há um ano. “As temperaturas mais amenas na última semana têm dificultado a perda de umidade do cereal. Para diminuir os custos com secagem, os produtores evitam colher com umidade muito elevada. O ritmo está mais adiantado no Médio-Norte e oeste. Os problemas na qualidade têm diminuído e os produtores relatam bom rendimento.”
Em Goiás, os trabalhos chegam a 5,3% e o tempo seco ajudou a diminuir a umidade em áreas prontas. A colheita deve começar a ganhar ritmo nas próximas semanas. Em Mato Grosso do Sul, a colheita ainda é bem pontual, não chegando a 1%. Na região norte, os primeiros relatos de produtividade são de 110 sacas por hectare. Em Minas Gerais, lavouras da região do Triângulo Mineiro e áreas irrigadas de Unaí estão sendo colhidas. Os trabalhos estão em 6% no estado. Em São Paulo, a colheita ainda não começou, mas a expectativa é de boa produtividade.