Em um evento híbrido que reuniu, presencial e virtualmente, presidentes dos sindicatos de produtores rurais do Estado, a diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb) realizou, nesta quarta-feira (10), assembleia ordinária, na sede da instituição. Na pauta, a votação das contas da entidade, referente ao exercício de 2022, foram aprovadas por unanimidade. As demais propostas apresentadas também foram aprovadas sem objeção. Todas as ações constam no relatório de atividades encaminhados com antecedência aos associados.

O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, ressaltou o desempenho das ações do Sistema no campo e enalteceu a importância da parceria com os sindicatos para a execução de cada projeto e programa. "Conseguimos chegar aos 417 municípios baianos, levando algum tipo de ação. Alcançar essa marca histórica só foi possível através da parceria com os sindicatos, que nos dão capilaridade para atender cada vez mais pessoas”, ressaltou.

Como parte da estratégia de interiorizar as ações do Sistema, Miranda apresentou o Faeb/Senar Itinerante, que levará atendimento nas áreas de Saúde, Educação e Assistência Técnica à população do interior. O projeto piloto acontece de 22 a 26 de maio os serviços em Livramento de Nossa Senhora e atenderá a população regional.

A vice-presidente da Faeb, Carminha Missio, manifestou preocupação com o conteúdo dos materiais didáticos utilizados em algumas escolas. Integrante do grupo “De olho no material escolar”, Missio tem ajudado a combater a desinformação contra o setor agropecuário. Com o slogan “Plantando verdades, colhendo conhecimento”, a ideia é evitar que o setor seja vilanizado.

“É terrorismo o que estão fazendo, levando informações erradas para as escolas, desde a educação fundamental ao ensino médio, nas mais variadas disciplinas e com exemplos esdrúxulos sobre o agronegócio”, argumentou.  

Invasões – Assunto mais comentado dos últimos tempos e que tem causado um clima de insegurança entre a categoria, as invasões às propriedades rurais também foram pauta do encontro. O grupo se reuniu para discutir estratégia de combate aos atos criminosos e a criação de comissão jurídica para defender as propriedades.

Miranda elencou nove tipos de crimes que os movimentos comentem ao invadirem propriedades privadas. São crimes contra o patrimônio, contra o meio ambiente e contra a vida. “Invasão é crime, previsto no Código Penal, e ninguém pode fechar os olhos para isso. Os atos precisam ser investigados e os culpados punidos. E invasão não é um problema apenas de produtor rural, mas de toda sociedade, pois hoje os registros são no campo, mas São Paulo e Brasília já registram invasões urbanas também. Por isso, penso que deve ser resolvido no município, com a intervenção do poder público”, salientou.

O marco temporal, que regulamenta propriedades privadas em áreas reivindicadas por povos indígenas também foi lembrada pelos produtores do Extremo Sul baiano, região que registra muitos litígios. Só nos municípios de Itamaraju, Porto Seguro e Prado já foram registrados a invasão, por parte de grupos indígenas, a cerca de 40 propriedades privadas, devidamente registradas e produtivas.
 
Fonte: Sistema Faeb/Senar