Os municípios de São Desidério e Formosa do Rio Preto, ambos localizados no Oeste da Bahia, estão em destaque na produção agrícola do Brasil. As cidades figuram entre as dez maiores produtoras agrícolas do país em 2024, segundo dados da Produção Agrícola Municipal (PAM), documento desenvolvido e divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Municípios baianos entre os líderes nacionais
De acordo com o levantamento, apenas três estados concentram os dez maiores valores de produção agrícola municipal no Brasil: Mato Grosso, Goiás e Bahia. Enquanto o Mato Grosso aparece com seis municípios e Goiás com dois, a Bahia se destaca com São Desidério e Formosa do Rio Preto, ambos localizados em uma das regiões mais produtivas do país.
São Desidério mantém segunda posição
Em 2024, São Desidério manteve-se como o segundo maior produtor agrícola do Brasil, com valor estimado em R$ 6,6 bilhões, o que representa 0,8% da produção nacional. O município tem a soja como principal cultura, representando 56% de toda o valor estimado da produção no município (R$ 3,7 bilhões). O milho e o algodão são outras cadeias produtivas de destaque.
Formosa do Rio Preto avança no ranking
Já Formosa do Rio Preto consolidou-se na sexta posição entre os dez primeiros colocados, com uma produção avaliada em R$ 4,9 bilhões. A cidade, que também tem na soja sua principal cultura (73%), reforça a vocação produtiva da região Oeste, responsável por colocar a Bahia em posição de destaque no cenário agrícola nacional.
Soja é fundamental, mas inovação e outras cadeias também são importantes
A soja foi a principal responsável pela performance dos dois municípios baianos, repetindo a tendência nacional. Em oito dos dez maiores municípios produtores do Brasil, o grão aparece como a cultura predominante.
No entanto, outras cadeias produtivas também são importantes para a evolução dos números e desenvolvimento do município e da região, como afirma o presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Formosa do Rio Preto, Hélio Justo. “Nós temos o milho, o sorgo, o algodão, o milheto e também a pecuária, que não podemos esquecer. Formosa vem entrando numa nova era de inovação. As propriedades já contam com equipamentos exclusivos para melhorar a produção agrícola, como plantadeiras e calcalhadeiras. Também há a expectativa da chegada de novas commodities em Formosa, como o cacau, que já é uma realidade no Oeste da Bahia. O Sindicato tem feito a ponte entre produtores, empresas, instituições públicas e outras entidades para acompanhar essa evolução”.
O resultado confirma a importância do Oeste baiano como polo estratégico da produção agrícola do Brasil. A região concentra grandes investimentos em tecnologia, irrigação e pesquisa.
