As exportações totais de carne suína brasileira (considerando-se todos os produtos, entre in natura e processados) alcançaram 64,3 mil toneladas em janeiro, volume 36,4% superior às 47,1 mil toneladas embarcadas em janeiro de 2016. A receita atingiu US$ 139,1 milhões, saldo 74,5% maior em relação ao obtido em janeiro do ano anterior, de US$ 79,7 milhões. As informações foram divulgadas nesta terça-feira, (14/2), pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA)."O excelente desempenho dos embarques vem equilibrando a oferta interna de produtos neste início de ano, diminuindo os efeitos causados pela usual queda de consumo interno de proteínas no primeiro bimestre", afirmou, em nota, Francisco Turra, presidente-executivo da ABPA.
A Rússia foi o principal importador da proteína brasileira, com 22,7 mil toneladas, 39% ou 6,4 mil toneladas a mais em relação a janeiro do ano passado. Hong Kong importou 13,9 mil toneladas, volume 1% maior na mesma base de comparação. Já a China, em terceiro lugar, importou 6,1 mil toneladas, volume que supera em 277% (ou 4,4 mil toneladas) os embarques realizados no primeiro mês de 2016. Segundo a ABPA, em praticamente todos os mercados importadores houve registros de crescimento, como é o caso da Argentina, com 4,6 mil toneladas (+222%), Cingapura, com 3,5 mil toneladas (+8%), Chile, com 2,5 mil toneladas (+259%) e Uruguai, com 2,3 mil toneladas (+20%). "Diferentemente do que ocorreu em anos anteriores, a Rússia manteve em janeiro deste ano níveis elevados de importações. Isso, aliado ao bom ritmo das vendas para mercados da Ásia e da América do Sul, foi determinante para o saldo positivo do mês", disse Ricardo Santin, vice-presidente de mercados de ABPA.