
O Estudo do Complexo do Agronegócio do Cavalo está em processo de atualização para retratar o cenário atual da atividade no país, com etapas regionais na Bahia e em outros estados. Publicado originalmente em 2006 pela Esalq/USP, em parceria com a CNA, o levantamento considerado a principal referência sobre a equideocultura no Brasil mostrou que o setor movimentava R$ 7,5 bilhões por ano e gerava mais de 3 milhões de empregos diretos e indiretos. Uma década depois, em 2016, a revisão apontou crescimento para R$ 16,5 bilhões anuais e um rebanho estimado em 5,4 milhões de animais.
Na Bahia, a etapa foi realizada na última sexta-feira (29), com apoio do Sistema Faeb/Senar, na sede do Sebrae, em Feira de Santana, em um encontro que reuniu cerca de 19 convidados entre produtores, técnicos e representantes do setor. O objetivo foi reunir dados regionais que ajudem a compor o retrato nacional da equideocultura. A participação da Bahia no levantamento de dados e informações acerca da cadeia produtiva de equídeos, reforça o papel estratégico do estado, marcado pela tradição em vaquejadas, cavalgadas e criação de animais de raça.
Atualização do Estudo do Agronegócio do Cavalo
Sob coordenação da Comissão Nacional de Equideocultura da CNA, em parceria com a Esalq/USP e o Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui), a nova versão do estudo pretende atualizar esses dados, incluir segmentos como asininos e muares e oferecer subsídios para políticas públicas, novos mercados e fortalecimento da cadeia produtiva. O professor Roberto Arruda de Souza Lima, da Esalq/USP, avaliou a reunião em Feira de Santana como muito produtiva. “Esse estudo nos ajuda a entender a real dimensão do cavalo no Brasil, tanto em geração de renda quanto de empregos. Aqui na Bahia tivemos uma participação incrível, com pessoas dispostas a contribuir de verdade. Isso nos dá confiança de que teremos um resultado muito positivo”, afirmou.
A etapa da pesquisa na Bahia vem em bom momento, porque Feira de Santana se prepara para fortalecer ainda mais sua atuação no setor. Em setembro, será inaugurado o Centro de Excelência em Equideocultura do Senar, que terá papel estratégico na formação e difusão de conhecimento. “Essa cultura traz diferentes vertentes em seu relacionamento com o cavalo. Seja no esporte equestre, na equoterapia, ou na realidade dos haras da Bahia. Por isso é tão importante levantar a realidade desse quadro aqui no estado”, destacou Francisco Sales, coordenador do Centro de Excelência do Senar, instalado no Parque de Exposições da cidade.
Próximos passos do Estudo do Agronegócio do Cavalo
A expectativa é concluir a atualização do estudo até 2025, com a coleta de dados em diferentes estados e a ampliação do escopo para abranger todas as atividades ligadas ao cavalo, desde esportes e lazer até turismo, leilões e insumos veterinários.