Julia tem apenas 9 anos e faz parte da quarta geração da família que se dedica ao cultivo do cacau na região de Ilhéus, no sul da Bahia. Em meio à pandemia, a fabricação de chocolate, que começou como uma brincadeira em família, rendeu o 3º lugar no prêmio CNA Brasil Artesanal.
Os pais de Julia, Julianna e Lucas Arleo, produzem cacau especial no Sistema Agroflorestal conhecido como cabruca, em que o cacaueiro fica sob as árvores nativas da Mata Atlântica. As amêndoas possuem registro de indicação de procedência do Sul da Bahia e eram destinadas a outros fabricantes de chocolates no Brasil.
Com a pandemia a pequena Julia passou a acompanhá-los com mais frequência na fazenda e demonstrou curiosidade no processo de produção do fruto, colheita, pós-colheita e beneficiamento do fruto.
“Na Páscoa, temos a brincadeira de fazer chocolates artesanais. Minha esposa e a Julia resolveram vender alguns ovos de Páscoa despretensiosamente. As vendas foram um sucesso”, afirma Lucas.
Julianna explica que depois disso sua filha teve a ideia de ter uma marca de chocolate. “Ela desenhou um plano de negócios compatível com sua idade, 7 anos à época, como seria a empresa e o papel de cada um. A ideia da empresa surgiu dela”.
Julia é presença cativa nas redes sociais. No perfil da marca de chocolate, ela mostra o dia a dia da família na elaboração do produto e interage com os seguidores chamando carinhosamente de “Chocolateiros da Ju”.
Ela ficou feliz em ter o chocolate que leva o seu nome reconhecido nacionalmente. “Foi uma grande vitória estar entre os finalistas e conquistar o prêmio do terceiro melhor chocolate artesanal do Brasil. Quero agradecer a todos que acreditaram no trabalho da minha família”, diz a pequena.
A família utiliza o método "Tree to bar", termo usado para chocolates produzidos pelo mesmo fabricante desde o cultivo até a produção da barra.
De acordo com a avaliação técnica do concurso de chocolate do Sistema CNA/Senar, o chocolate da JU 70% possui aroma cacau, adocicado, cítrico e frutado, que realça a nota cacau e a banana passa.
Assessoria de Comunicação CNA
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