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Mulheres do campo querem aprender mais sobre gestão de pessoas no meio rural

O Sistema CNA/SENAR participou do 2º Congresso Nacional das Mulheres do Agro em São Paulo, e é parceiro da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG) na pesquisa “Todas as Mulheres do Agronegócio”, que ouviu 862 mulheres de todas as regiões do País, entre os meses de junho e julho.

A pesquisa, divulgada no Congresso, revelou que a mulher do campo é empreendedora competente, motivada, conciliadora, resiliente e não se contenta com a posição já conquistada. Quer ir mais longe.

Para a Superintendente do Senar Bahia, Carine Magalhães, o Congresso destacou o protagonismo da mulher no atual cenário do agronegócio. “Pudemos vivenciar dois dias de experiências incríveis. E perceber como a mulher tem uma grande responsabilidade na mudança cultural da sua família. Hoje, cerca de 40% das mulheres do campo estão inseridas no agro. E, cada vez mais, estão assumindo papéis de liderança – não só da porteira para dentro, mas da porteira para fora também, liderando grandes empresas multinacionais de destaque no agronegócio”.

Prova disso, é o número elevado de mulheres que gostaria de aprofundar seus conhecimentos justamente em temas relacionados à formação profissional e trabalho: gestão de pessoas, gestão de negócios e finanças. O destaque entre os três foi gestão de pessoas, apontado por 56,8% das mulheres que participaram da pesquisa.  

“As mulheres do campo estão quebrando um paradoxo. Antes a preocupação estava muito voltada para o solo, maquinário e agora é preciso focar em gestão. Principalmente, das pessoas, dos colaboradores que estão na propriedade. Hoje a agropecuária é altamente inovadora e tecnológica, mas os grandes diferenciais dentro das propriedades são as pessoas, o capital intelectual, o talento”, afirmou Dyovanna Depolo, coordenadora da Faculdade CNA a Distância.

Em 2014, Dyovanna participou do programa CNA Jovem, desenvolvido pelo SENAR, e foi uma das vencedoras, justamente, com um projeto de curso de Gestão de Pessoas do Meio Rural, que hoje é ofertado pela Faculdade CNA. 

Para Lígia Dutra, superintendente de Relações Internacionais da CNA, que fez palestra nesta quarta (18) no Congresso, a pesquisa prova o interesse das mulheres pelos negócios. “Mostra o interesse na capacitação e na busca por mais informações relacionadas exatamente a comércio, gestão de pessoas, negociação, mercado financeiro, enfim, assuntos que são essenciais para a gente melhorar a qualidade e a nossa capacidade de negociação.”

Outro dado importante da pesquisa é a conectividade das mulheres do agro com as modernas ferramentas de comunicação. Mais de 95% das entrevistadas usam o WhatsApp e quase 93% o Facebook. Carla de Freitas, empresária rural, com propriedade em Rondônia, mas que mora em São Paulo porque voltou para a universidade, diz que hoje a mulher precisa ser, também, protagonista dessa inovação do setor agropecuário.

“Ela precisa estar ligada no que vai precisar e no que vai acompanhar a vida dela daqui pra frente: essa valorização, essa busca do conhecimento da tecnologia, das novas tecnologias”, concluiu Carla.

Quase 60% das mulheres que participaram da pesquisa são proprietárias ou sócias, 49,5% trabalham em minifúndios e 55% se sentem preparadas para desenvolver qualquer atividade no campo. 

Congresso –  Mais de mil mulheres de todo o País participam do 2º Congresso Nacional de Mulheres do Agro, que segue até amanhã. Elas vieram sozinhas, em caravana, em pequenos grupos, todas em busca de conhecimento.  

E conhecimento o que o Sistema CNA/SENAR apresenta no estande que montou no Congresso. Com materiais impressos e pequenos vídeos, acessíveis em totens, divulga os cursos de educação à distância de formação inicial, técnica de nível médio e superior da Faculdade CNA.

“Cada vez mais as mulheres estão conquistando mais espaço e tendo oportunidade de buscar mais conhecimento. Eu quero conhecer mais sobre formas de trabalhar melhor na nossa propriedade”, conta Ivanir Pradella, que planta milho e soja no oeste da Bahia.

“Estamos aqui para compartilhar e adquirir novos conhecimentos”, conta Fernanda Favoretto Silva, produtora de soja, milho e feijão, em Catalão, Goiás, que é engenheira agrônoma com mestrado em tecnologia e produção de semente. 

“Precisamos nos capacitar para entender como gerir nossas propriedades, buscar parcerias para que a gente aumente a produtividade”, destaca Edy Tarrafel, presidente do Sindicato Rural de Ivinhema e Novo Horizonte do Sul, em Mato Grosso do Sul. 

Leisa Lermen, psicóloga em Sorriso, Mato Grosso, que trabalha com gestão de pessoas também participa do evento para aprender mais. Ela acaba de concluir o curso de Gestão de Pessoas da Faculdade CNA. “O que mais me interessou foi esse olhar no colaborador do campo. Essa preocupação que a faculdade traz em relação ao trabalhador rural”.

O público do Congresso também é formado por homens. É o caso de Sérgio Gentilim, que trabalha numa cooperativa de crédito no Paraná. “Elas estão fazendo toda a diferença com um jeito especial de tratar os negócios, tanto para fomentar como para ajudar a levar comida para as nossas mesas.”

Assessoria de Comunicação do Sistema CNA/SENAR

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