O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Humberto Miranda, participou hoje, em Brasília, de uma reunião com os presidentes da CNA, João Martins, e da Embrapa, Celso Moretti, para tratar de temas relacionais do desenvolvimento da região Nordeste.
No encontro, João Martins apresentou ações do Sistema CNA/Senar para ampliar o acesso de produtores rurais à gestão e à tecnologia, como o AgroNordeste. O programa, em parceria com o Ministério da Agricultura, vai promover o desenvolvimento da região com Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
O presidente da CNA destacou que o trabalho da Embrapa voltado para o semiárido brasileiro será a grande revolução da pesquisa agropecuária. “Os produtores rurais no Nordeste estão ávidos por novas tecnologias para tornar a atividade agropecuária cada vez mais competitiva”, declarou.
João Martins reforçou que os técnicos de campo da ATeG do Senar ajudarão os produtores rurais a colocarem em prática as tecnologias geradas a partir de pesquisas da Embrapa para o semiárido brasileiro.
O presidente da FAEB, Humberto Miranda, acrescentou ainda que a palma deixou de ser vista como reserva estratégica pelo produtor rural nordestino, para se tornar um alimento que é usado o ano inteiro. “A palma hoje é fundamental para a pecuária no Nordeste brasileiro, porque dá segurança na produção de volumoso no semiárido e garante a alimentação do animal. Então, o investimento em pesquisas de melhoramento, com discussões do modelo ideal de plantio e cultivo, irá trazer ainda mais segurança e resultados para o produtor rural”, explicou Miranda.
Durante a reunião, foram apresentados os resultados da primeira fase do projeto Forrageiras para o Semiárido, uma parceria da CNA e Embrapa para avaliar o potencial produtivo e a adaptação das plantas forrageiras às condições climáticas da região.
As entidades vão realizar a segunda fase do projeto para observar a capacidade produtiva das forrageiras que obtiveram melhor desempenho durante a primeira fase. Vão ser criados campos experimentais dentro de algumas fazendas para testar a capacidade de pisoteio e alimentação direta dos animais, observando também a taxa de lotação e a capacidade de rebrota das forrageiras. Além disso, a CNA solicitou que a Embrapa disponibilize novas variedades melhoradas de forrageiras para essa nova etapa do projeto.
O desenvolvimento do cultivo da palma forrageira para alimentação animal também foi abordado na reunião. A CNA convidou a Embrapa para integrar o grupo de trabalho que atua na elaboração do protótipo de uma máquina colhedora de palma forrageira para otimizar essa etapa do processo produtivo. “Essa máquina trará economia para o produtor rural, já que diminuirá bastante os custos com mão de obra, além de agilizar e profissionalizar a colheita, o transporte e a distribuição da palma”, enfatizou Humberto Miranda.
Também participaram da reunião o diretor-geral do Senar, Daniel Carrara; o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi; o chefe de gabinete do Senar, André Sanches; o coordenador técnico do Instituto CNA, Joaci Medeiros e supervisora de Relações Institucionais da Embrapa, Danielle Mazzola Leite.
Assessoria de Comunicação CNA
Fotos: Wenderson Araujo