O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda Oliveira, foi um dos convidados no debate sobre “políticas públicas para o agro baiano pós-pandemia”, juntamente com o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior e o Secretário da Agricultura da Bahia, Lucas Costa. A ministra da Agricultura, Teresa Cristina, esteve presente na abertura virtual do evento.
Miranda destacou que a região Nordeste precisa de políticas públicas diferenciadas para reduzir as desigualdades no campo. “Para que o produtor continue produzindo com qualidade e sustentabilidade, o setor necessita de novas políticas públicas que garantam mais assistência técnica e gerencial, tecnologias que melhorem a conectividade no campo, a energia elétrica e a infraestrutura e a logística, com estradas em boas condições e construção de portos”.
O presidente também falou sobre o Agronordeste. “É uma iniciativa dos setores público e privado que vai atender 25 mil produtores, sendo mais de 8 mil só na Bahia. É uma oportunidade de levar conhecimento e qualificação ao produtor que é um grande agente de transformação do país”.
Em vídeo gravado, a ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tereza Cristina, afirmou que a feira fará a diferença ao trazer tecnologia principalmente para os médios e pequenos produtores. “Quero parabenizá-los por esta feira virtual nesse ano difícil que estamos vivendo. Vocês não deixaram passar e fizeram com que a feira se realizasse e fosse transmitida para todo o Brasil”.
Já o presidente João Martins destacou as ações da Confederação para reduzir os impactos da pandemia do Covid-19 no agro. Uma delas foi a garantia de que a atividade agropecuária fosse estabelecida como serviço essencial no período de calamidade pública (Decreto nº 10.282).
“Logo no início da pandemia, a CNA entendeu que devia mostrar para a população brasileira que não haveria desabastecimento de alimentos e que os produtores rurais iriam continuar produzindo com eficiência, qualidade e quantidade”.
Ao falar sobre o cenário do agro baiano pós-pandemia, João Martins disse: “Temos terra, produtores capazes e rebanho para fazer da Bahia um grande estado do agro. Mas para isso, precisamos quebrar vários paradigmas. Devemos dar ao produtor um crédito rural com juros menores e menos burocracia”.
Segundo o secretário de Agricultura do Estado da Bahia, Lucas Costa, que também foi convidado para a discussão, no início da pandemia foi criado um Comitê no estado para tratar sobre os impactos causados pelo Covid-19 nas cadeias produtivas. “A Bahia contou com a união de forças de várias entidades para garantir que o agro não parasse e para solucionar os problemas que apareciam”.
Costa enfatizou a relevância do agro para a Bahia. “É o maior setor da nossa economia, que corresponde por um quarto do Produto Interno Bruto (PIB) e um terço dos empregos do estado. Em 2019, o agro foi responsável por 49% das exportações baianas e tudo indica que este ano vamos ultrapassar esse número. O agro não parou e vai continuar crescendo cada vez mais”.
O Berimbau Agrotec 2020 é uma feira virtual que está inserida no calendário agro baiano há três décadas e esse ano por conta da pandemia o evento está sendo realizado em plataforma digital. Durante os dias 27, 28 e 29 de agosto, serão mostrados stands virtuais, leilões, shoppings de animais, palestras e mesas redondas.
O debate foi moderado pelo sócio da Berimbau Eventos, Saulo Campos e o evento segue até o dia 29, basta acessar o site: www.berimbauagrotec.com.br