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Produtores de cacau, café e guaraná do projeto Agro.BR realizam primeiras exportações

Produtores da Bahia começam a obter os primeiros resultados no processo de capacitação para o comércio internacional de seus produtos. Meia tonelada de liquor de cacau (preparo que serve de base para a produção de chocolates) e de café especial de Piatã seguiram para a Suíça, enquanto mais de 21 toneladas de guaraná in natura foram embarcadas rumo aos Estados Unidos.

O liquor de cacau é da Cooperativa de Produtores de Cacau Cabruca da Bahia (Coopercabruca), de Itabuna, enquanto o café especial é da Verde Coffees, de Vitória da Conquista. O guaraná pertence à Cooperativa dos Agricultores Familiares do Baixo Sul (Coopafbasul), de Ituberá. A comercialização da primeira remessa destes produtos com os dois países foi possível depois da entrada das empresas no projeto Agro.BR.

O Agro.BR, iniciativa da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), busca aumentar o número de produtores rurais no comércio exterior e diversificar a pauta de produtos exportados pelo Brasil.

As cooperativas e a empresa agrícola integram o Agro.BR desde 2020 e foram capacitadas em treinamentos setoriais virtuais, incluindo instruções para formação de preço para exportação, modalidades de pagamento, negociação e marketing internacional. Também participaram de rodadas de negócios online, promoveram seus produtos em portfólio virtual multilíngue e contaram com o atendimento do escritório do Agro.BR na Bahia para criação de planos de exportação e orientações diversas.

“Com o assessoramento do Agro.BR, as cooperativas buscaram a habilitação para exportação direta, envio das amostras e, criteriosamente, selecionaram a matéria-prima para exportação. Depois, realizaram a negociação diretamente com os importadores e viabilizaram a logística”, disse o consultor do Agro.BR na Bahia, Roberto Vianna.

Segundo ele, os embarques são fruto do trabalho que está sendo realizado nas cadeias prioritárias do Agro.BR, com a implementação de soluções e ferramentas úteis para que os empresários rurais tenham acesso ao mercado externo.

“O projeto Agro.BR veio para mudar a realidade do pequeno e médio empresário rural brasileiro que quer exportar. Ele foi moldado para atender as reais necessidades desses empresários e tornar possível a presença dos seus produtos nas prateleiras do mundo. Exportar para Suíça e os Estados Unidos significa que cumprimos altos padrões de qualidade e que agradamos o consumidor. Essa é a missão do Agro.BR”, comentou a gestora do projeto e coordenadora de Promoção Comercial da CNA, Camila Sande.

Novas perspectivas – A Cooopercabruca adota o modelo de produção Cacau Cabruca, sistema agropastoril onde o cacau é cultivado juntamente com árvores da Mata Atlântica do sul da Bahia. Já o café especial de Piatã, cultivado na região da Chapada Diamantina, tem se destacado na produção agrícola inserida em um bioma de altitude.

“Tivemos a ousadia de exportar liquor para a Suíça, um país reconhecido mundialmente pela qualidade dos seus chocolates. O Agro.BR foi fundamental para termos informações em relação às exigências, facilidade na aquisição dos documentos e segurança. Temos certeza que essa foi apenas a nossa primeira exportação e queremos fazer novos negócios com a ajuda do projeto”, afirmou o presidente da Coopercabruca, Orlantildes Pereira.

“É um grande privilégio fazer parte do Agro.BR, uma iniciativa que tem beneficiado os pequenos empresários rurais e proporcionado acesso a mercados no exterior. É um projeto que amplia os nossos horizontes, promove o aprimoramento dos serviços e melhora a qualidade de vida dos produtores rurais. Estamos felizes por ter finalizado a nossa primeira exportação e acreditamos que muitos outros negócios serão gerados através dessa parceria”, declarou o sócio-proprietário da Verde Coffees, Jônatas Verde.

Apesar de já ter exportado de forma indireta para a França, a Coopafbasul comemora a primeira venda internacional de guaraná in natura com o controle de toda a operação, desde o planejamento, negociação, formação de preço, embarque e pós-venda. O resultado foi uma lucratividade 40% maior do que se tivesse comercializado o produto em pó.

“Permitiu que a gente pudesse agregar valor à nossa cultura, pagando um valor digno aos nossos cooperados e melhorando a vida deles no campo. Estamos muito realizados com esse trabalho que vem sendo desenvolvido junto ao Agro.BR. Creio que mais exportações virão pela frente”, disse o diretor da Coopafbasul, Gileno Araújo dos Santos.

A cooperativa – que produz 50 toneladas guaraná/ano e tem 1.200 cooperados – tem como diferenciais a qualidade, a rastreabilidade, o manejo sustentável e o Selo de Identificação da Agricultura Familiar, fatores que credenciam os produtos da Coopafbasul a alcançarem mercados cada vez mais exigentes e distantes.


Assessoria de Comunicação CNA

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