A Apicultora Luciene Vitória dos Santos, moradora do Distrito de São José, município de Feira de Santana, Bahia, recebeu a equipe de reportagem do Programa "Nosso Agro" da CNA, para participar de uma matéria que foi exibida no ultimo dia 13, sobre as ações do Agronordeste na Bahia. Estiveram presentes na reportagem o Coordenador Regional do Agronordeste, Stenilson Nascimento; a supervisora de Campo, Daniela Coutinho; a técnica de Campo, Bárbara Machado; e a família da produtora rural Luciene Vitorino.
A história de Luciene na Apicultura é caracterizada pela sucessão familiar, tendo seu avô paterno como um grande incentivador e responsável pelo início das atividades na cadeia produtiva do mel. Atualmente, ela conta em sua propriedade com 40 colmeias povoadas e com uma produção média anual de 400 litros. O produto é transportado para a sala de beneficiamento da Escola Técnica de Feira de Santana, local onde está situado o apiário da produtora.
Embora tenha bastante vivência na atividade, Luciene conta com a ajuda do Programa Agronordeste para aprimorar os seus conhecimentos, o seu desenvolvimento na atividade e o crescimento do seu negócio. Durante a entrevista, a técnica de campo do Programa, Bárbara Machado, destacou a importância da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) para o aumento da produtividade e da renda familiar da apicultora. De acordo com a técnica, a “empresa deve ser conduzida de forma profissional, técnica, metodológica, sustentável e adequada para o perfil e especificidade da sua realidade, assim como as demais propriedades assistidas pelo programa”, disse.
Com as técnicas aprendidas através do Programa Agronordeste, em apenas cinco meses de inserção, Luciene começou a trabalhar suas habilidades por meio de práticas de manejo, até então não empregadas na propriedade, como o fornecimento de alimentação artificial durante a entressafra; o controle de pragas e identificação das colmeias para melhor manuseio e acompanhamento de produção; a frequência das anotações no caderno do produtor, especialmente dos itens de despesas e receitas como forma de controle financeiro do apiário, entre outros conhecimentos.
O Programa Agronordeste visa oferecer Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) em diversas cadeias produtivas, e conta com as parcerias do Senar Central, Anater (Agência Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural) e o Governo Federal, através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O método de trabalho e a ajuda da família
Além do apoio técnico e gerencial do SENAR, a apicultora conta com a ajuda das irmãs Leila e Luciana e dos netos Matheus e Gabriel, desde a colheita das melgueiras até a comercialização do produto acabado. O processo de manipulação do mel realizado pela família se inicia com a retirada das melgueiras no apiário e transporte para a sala de beneficiamento. Lá os quadros contendo mel operculado – sem centrifugar e que ainda serão centrifugados -, são levados para a sala de desoperculação – abertura dos alvéolos onde fica o mel, tirando uma pequena camada de cera para o mel ser centrifugado -, para a retirada de uma fina camada de cera que cobre os alvéolos – tipos de “recipientes” onde o mel fica armazenado -, e em seguida são introduzidos na centrífuga manual, que por meio de rotação, o que permite a saída total do mel contido nos alvéolos.
Luciene Vitória dos Santos
Luciene explicou a forma de armazenamento do mel e as práticas para o envasamento do produto. “O mel depositado no fundo da centrífuga é filtrado e armazenado em decantadores para posterior envase, que acontece após um período de descanso de 96 horas. O mel é envasado em garrafas de plástico com tampa e comercializado diretamente com o cliente, com a participação dos meus familiares que sempre estão me auxiliando para o aumento da renda familiar”, finalizou.
Clique no link abaixo e assista o programa na integra:
https://www.youtube.com/watch?v=SliuAFAYNFU
Fonte: Senar Bahia, Programa Agronordeste na Bahia.
