O Sistema CNA/Senar e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) iniciaram na quarta (12) a elaboração do Plano de Desenvolvimento da Região Nordeste (AgroNordeste), com uma oficina de trabalho em Brasília. O foco da reunião foi o Projeto Cariri Paraibano, que integra as microrregiões dos Cariris Oriental e Ocidental, onde começarão as atividades.
“A Paraíba será o projeto piloto do AgroNordeste e estamos felizes com mais esse desafio. Vamos contribuir com o que for necessário para que as coisas aconteçam no estado”, afirmou Mário Borba, vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e presidente da Federação de Agricultura e Pecuária da Paraíba (Faepa).

“Vamos unir esforços para colaborar com o desenvolvimento da região Nordeste e a assistência técnica será o carro-chefe”, destacou Matheus Ferreira, diretor de Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). “Iremos investir recursos e direcionar as ações da assistência técnica que já fazemos para as microrregiões atendidas pelo Plano.”

Paulo Eduardo Melo, coordenador na Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério, apresentou a estrutura do projeto, que terá ações para todo o Nordeste no primeiro momento, e ações concentradas no Semiárido no segundo momento, com prioridade para projetos de desenvolvimento integrado, direcionados à vocação produtiva da região.
"Não é um projeto do governo, mas uma forma do governo fazer a região assumir sua vocação e deixar uma herança para as futuras gerações”, disse.

"A assistência técnica é um fator de mudança para os produtores rurais, principalmente da Paraíba. Dentro desse projeto iremos focar na caprinocultura, adotando todos os procedimentos da assistência técnica do Senar como diagnóstico e adequação tecnológica, mostrando ao produtor o acesso ao cooperativismo, associativismo e agregando valor ao produto dele. Só assim a gente irá mudar realmente essa realidade”, afirmou Sérgio Martins, superintendente do Senar Paraíba.
Segundo Martins, a caprinocultura no Semiárido é pujante, mas ainda muito informal. Por isso é importante a identificação do potencial quantitativo da produção de carne e leite, além de adotar garantias ao produtor no processo de comercialização.

O Cariri Paraibano possui 29 municípios e a elaboração do projeto para desenvolvimento da região levou em consideração as potencialidades, fragilidades e desafios desses municípios, principalmente voltados para a cadeia de caprinos (leite, carne e peles) e bovinos de leite, com ações desde a pré-produção até a comercialização.
Dentro desse cenário, o chefe-geral da Embrapa Caprinos e Ovinos, Marco Bonfim, apresentou o Programa InovaSocial, que é uma rede de inovação em produção, beneficiamento e comercialização de derivados de lácteos caprinos, que servirá como suporte ao Cariri Paraibano.

O grupo debateu algumas das principais estratégias para implantação do projeto que são desenvolvimento e disseminação de soluções tecnológicas, organização e implementação dos arranjos institucional e produtivo locais, fortalecimento de processos de logística de aquisições e comercialização, da defesa agropecuária e desenvolvimento de capacidade técnica e empreendedorismo.
O Plano de Ação do Nordeste atenderá 30 microrregiões, sendo oito em 2019, começando pelo Cariri Paraibano (PB). Em 2020 serão 10 microrregiões atendidas e em 2021, mais 12.
Também participaram da oficina representantes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Em breve, haverá novas oficinas para finalização do projeto.
Assessoria de Comunicação CNA