O presidente do Sistema Faeb/Senar, Humberto Miranda, esteve no Enlide 2023 (Encontro de Líderes) do Banco do Brasil, realizado nesta quarta-feira, em Salvador. Ao lado do Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Ângelo Almeida, e do Superintendente do BB na Bahia, Eduardo Lima, ele participou do painel Economia da Bahia, onde apresentou dados do setor agropecuário e defendeu o desenvolvimento que vem do campo. 

Dos R$ 401 bilhões acumulados pelo PIB baiano em 2022, o setor agropecuário contribuiu com R$ 110,7 bilhões, representando mais de 27% da riqueza do Estado. Já no ranking nacional do PIB agropecuário, a Bahia lidera com as duas primeiras posições, ocupadas pelos municípios de São Desidério e Formosa do Rio Preto, ostentando, ainda, outros municípios, a exemplo de Barreiras, que aparece entre os dez.

“Não dá para pensar em desenvolvimento econômico sem pensar na agropecuária. Sem falsa modéstia, o setor é a mola propulsora da economia, mas também do desenvolvimento humano e social”, disse ao citar a diversidade de culturas, com destaque nacional para o cacau, maracujá, manga, sisal, algodão, banana, cebola, entre outras.

Segundo dados do IBGE, a Bahia registrou crescimento tanto na agricultura quanto na pecuária. O Estado foi o que registrou o maior aumento do rebanho bovino no último ano, um crescimento de mais de 20%, totalizando quase 12 milhões de cabeça, ampliando a atividade da bovinocultura de leite e de corte.

Diante dos dados, o superintendente do Banco do Brasil na Bahia, Eduardo Lima, anunciou que a instituição financeira pretende ampliar a sua carteira com o Agro, com projeção de disponibilização de crédito da ordem de R$ 27 bilhões.

Já o secretário de Desenvolvimento Econômico, Ângelo Almeida, ressaltou o investimento dos governos estadual e federal. Ele também citou a importância da agropecuária na geração de emprego em renda. “A Bahia Farm Show gerou, em apenas cinco dias de feira, mais de R$ 8 bilhões em negócios. Não dá para não falar da relevância desse setor para o crescimento econômico do Estado”, ponderou.

Prestes a ser anunciada a mais importante política agrícola do governo, o novo Plano Safra, a categoria aguarda as diretrizes sobre o volume do recurso e as taxas de juros. “Esperamos um plano que chegue na hora certa para o produtor poder trabalhar e, sobretudo, que seja abundante e com taxas competitivos”, enfatizou Miranda.