Dia: 27 de agosto de 2018

  • Abertura da Festa do Café é marcada por anúncio de instalação de equipamento que vai fomentar a exportação no extremo Sul

    Abertura da Festa do Café é marcada por anúncio de instalação de equipamento que vai fomentar a exportação no extremo Sul

    A tradicional Festa do Café Conilon de Itabela, em sua 12ª edição, consolidada como uma oportunidade de negócios, estudo e valorização do trabalho dos produtores de café da região, foi aberta na última sexta-feira (24), e seguiu até a noite de ontem. O presidente da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia, Humberto Miranda, participou da abertura oficial da festa, que também contou com a participação do presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Junior; do diretor geral do Senar Central, Daniel Carrara; e do superintendente Técnico da CNA, Bruno Lucchi. 

    O presidente da CNA levou boas notícias para os produtores da região. Durante a abertura do evento, João Martins anunciou que “Itabela será a cidade baiana a receber um escritório especializado em capacitação, fomento, com foco em pequenos e médios produtores, com o objetivo de proporcionar a todos, sem intermediários, a oportunidade de inserção direta no mercado internacional”. Martins informou que esse é um dos dez escritórios que serão instalados no país e o de Itabela está entre os quatro primeiros.  

    O escritório especializado e de alto custo, segundo Martins, será instalado juntamente com o Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela e mantido com recursos e pessoal especializado do Senar. 

    O presidente da Faeb ressaltou o potencial produtivo da região do extremo sul baiano. “Sempre que a gente vem para essa região, volto revigorado para Salvador, porque aqui, além dos atributos turísticos, que atraem pessoas de todo o país e do mundo, é uma região com uma pluralidade produtiva exemplo para todos nós. Se tivermos que apontar uma economia das mais sustentáveis da Bahia, certamente será essa região, tanto pela organização social, quanto pelas condições climáticas, qualidade das rodovias e diversidade da produção”. 

    Humberto Miranda também destacou o importante trabalho realizado por Ricardo Covre, na presidência do Sindicato dos Produtores Rurais de Itabela e da escolha do tema do evento, a Sucessão familiar. “O sindicato de Itabela tem essa característica no nosso Sistema, por trabalhar a renovação das pessoas, dando a oportunidade de, a cada ciclo, termos um novo presidente, que vai sendo preparado dentro da estrutura da própria diretoria. Um exemplo para o sistema sindical do Brasil, um trabalho partilhado das atribuições e responsabilidades, no qual todos colaboram, sem vaidades. Esse clima familiar converge com o tema do evento, que chama atenção para a importância da sucessão familiar no negócio rural, a preparação e fixação do jovem no campo, empreendendo, inovando e atravessando gerações”. 

    A festa foi uma realização do Sindicato dos Produtores Rurais do município, com o apoio do Serviço de Nacional de Aprendizagem (Senar Bahia), da Faeb e da prefeitura de Itabela.

    O evento contou com a participação da classe produtora, presidentes dos sindicatos rurais do extremo sul, expositores, prefeitos, deputados estaduais e federais, vereadores, candidatos a cargos eletivos, dirigentes de órgãos públicos e entidades da sociedade civil.

    Do Sistema Faeb, a festa também contou com a participação da superintendente do Senar Bahia, Carine Magalhães; do vice-presidente de Desenvolvimento Agropecuário da Federação, Guilherme Moura; do gerente Técnico do Senar Bahia, Rui Dias; da coordenadora de Programas da região, Ellen Santos; além de técnicos do Sistema.

    Fonte: Ascom Sistema Faeb

  • Pro-Senar Apicultura é destaque no BAHIA RURAL

    Pro-Senar Apicultura é destaque no BAHIA RURAL

    O programa Bahia Rural do último, 26, destacou uma técnica que tem garantido o aumento da produtividade para apicultores do município de Eunápolis que participam do programa, Pro-Senar. Acompanhe a reportagem completa:

    Fonte: Ascom Sistema FAEB

  • Pesquisas baianas deixam frutas mais saborosas

    Pesquisas baianas deixam frutas mais saborosas

     

    Começa hoje (27) em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano, a 12ª Jornada Cientifica da Embrapa Mandioca e Fruticultura. Durante cinco dias vão ser apresentadas mais de 90 estudos. Todas as linhas de pesquisa são voltadas para ajudar os agricultores em problemas do dia a dia, unindo ciência e alimentação. 

    “Os estudos indicam soluções para melhoramento genético, biotecnologia, sistema de produção e manejo integrado de doenças”, afirma Francisco Laranjeira, pesquisador e coordenador da Jornada. O tema principal deste ano é o Cientista Profissional. “Queremos mostrar que a vida do cientista vai muito além de estar em uma bancada de laboratório, fazendo experiências com tubos de ensaio. Ser cientista é muito mais que isso. É ter comprometimento, ética, rigor, verdade. Estas não são palavras jogadas ao vento. São qualidades que se deve usar como roupa. São requisitos para quem quer se tornar um grande cientista”, completa Laranjeira.

    O CORREIO listou alguns dos trabalhos realizados na unidade e que serão apresentados na jornada. Eles são desenvolvidos para solucionar problemas frequentes nos pomares com o objetivo de aumentar a resistência e produtividade das lavouras, evitando o uso de defensivos agrícolas prejudiciais à saúde do solo, das plantas, dos agricultores e dos consumidores. E também melhorar os sabores das frutas, contribuindo para aumentar o consumo de alimentos saudáveis. 

    Banana

    Aos 30 anos, Manassés Santos Silva é taxativo. “Eu não consigo viver sem ciência e sem pesquisa”, diz o cientista. Todos os dias, ele reserva mais de dez horas por dia para estudar a influência da temperatura na produção de sementes de banana. “A bananeira tem sementes e elas são difíceis de germinar. Estamos buscando uma forma de estimular esta germinação”.

    A pesquisa começou em 2014, e deve durar pelo menos mais seis anos. “Sou fanático pela natureza, pelo meio ambiente, apaixonado pela biologia. A cada dia tem algo novo e interessante para descobrir no mundo. Eu amo ser cientista. Eu me sinto como uma ferramenta de inovação na agricultura”, acrescenta Manassés. 

    A pesquisa faz parte de um Programa de Melhoramento Genético criado há mais de 40 anos. O núcleo desenvolve novas cultivares de frutas resistentes a pragas, mais produtivas e saborosas. É uma pesquisa considerada essencial. A Banana é a fruta mais consumida e comercializada no mundo. O Brasil é o terceiro maior produtor mundial e só no ano passado produziu 7 milhões de toneladas.

    “Nós desenvolvemos novos cultivares tanto de interesse do produtor, como do consumidor. Estamos pesquisando como combater doenças que limitam a produção da banana, como a sigatoka negra. São doenças como esta que obrigam o produtor a usar mais fungicidas. Queremos desenvolver variedades que permitam ao agricultor usar menos produtos químicos para fazer o controle de pragas. Mas também fazemos cruzamentos com plantas diferentes para produzir frutos mais saborosos e cheirosos”, acrescenta Edson Perito Amorim, coordenador do programa e cientista há mais de 20 anos.

    Mamão

    Já pensou em extrair da folha do mamão uma essência capaz de combater doenças e pragas nas lavouras?. É o que esperam os cientistas da Embrapa. “Nós estamos buscando uma alternativa para cuidar de doenças que prejudicam a qualidade do mamão após a colheita, como a antracnose. Acreditamos que a própria planta pode nos dar uma solução”, diz Eliseth Viana, 42 anos, doutora em microbiologia agrícola e coordenadora do estudo.

    Ainda não há prazo para conclusão da pesquisa. A antracnose é uma doença causada por um fungo capaz de fazer murchar todas as partes da planta e necrosar caule e frutos. Muito comum nas lavouras, o fungo se tornou um desafio para a jovem estudante Luise de Oliveira Sena.

    Aos 23 anos, a estudante de engenharia agrônoma da Universidade Federal do Recôncavo Baiano já participou de mais de quatro pesquisas científicas. Atualmente passa a maior parte do dia nos campos ou laboratórios estudando as ciências agrárias e os mamões. 

    A bolsa de iniciação científica não passa dos R$ 400 reais por mês, mas nem de longe, o valor desestimula a jovem cientista. “Fazer ciência é uma forma de poder dar um retorno a sociedade. Nós trabalhamos com pequenos agricultores, é um público que merece este retorno. O estágio é apenas um incentivo para continuar”, pontua Luise.

    Quem também se dedica ao mamão, preocupado em inovar a produção da fruta, é o professor Hermes Peixoto é também um dos coordenadores da pesquisa do SIMPMamão, um software lançado esta semana pela Embrapa. O dispositivo monitora pragas do mamoeiro e permite que o agricultor deixe de lado as antigas planilhas manuais.

    O sistema é simples. Através de um dispositivo móvel, como celular ou tablet, o produtor preenche planilhas digitais com informações sobre a lavoura. Os dados obtidos no campo, como a quantidade de frutos doentes ou a presença de insetos, são sincronizados no sistema. O software analisa as informações e apresenta soluções de manejo para as pragas encontradas, indicando em quais áreas específicas devem ser aplicados os defensivos.

    O uso do sistema pode significar uma economia de R$ 400 por hectare na pulverização. “A ideia é reduzir o número de aplicações e, consequentemente, diminuir o resíduo de agrotóxicos nos frutos. Quanto menos se aplicar esses produtos químicos, melhor para o meio ambiente e para quem está aplicando. Segundo os estudos, o monitoramento, agora disponível em software, chegou a reduzir até 50% das aplicações. Isso é 50% de economia para o produtor”, explica a pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura, Fabiana Sasaki.

    A tecnologia faz parte da área conhecida como digital farming ou agricultura 4.0. O sistema foi desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Núcleo de Tecnologia da Informação da Embrapa em parceria com o estudante de Engenharia da Computação da Universidade Federal do Recôncavo, Andersoney Rodrigues. 

    O programa vem sendo desenvolvido desde 2005 e já foi testado em cinco fazendas do Sul e Extremo Sul da Bahia, principais produtoras de mamão do Brasil.O instrumento é indicado para monitorar duas das principais pragas do mamoeiro, a pinta-preta e o ácaro-rajado. As duas são frequentes no Brasil. A pinta-preta é provocada por um fungo que provoca manchas pintadas na superfície do mamão e pode provocar a perda de 100% da plantação. Já o ácaro rajado destrói as folhas. O software já está disponível de graça no site da Embrapa.

    Maracujá 

    Não faz muito tempo que o irmão caçula de uma família de nove irmãos saiu de casa, na zona rural, para estudar. O filho de agricultores queria descobrir novas formas de produzir alimentos. Em busca disso, Onildo Nunes já rodou o mundo. Se formou em engenharia agronômica, se tornou mestre em agronomia, fez pós doutorado, e aos 40 anos é responsável pelo programa de melhoramento genético do maracujazeiro na Embrapa. 

    “É uma coisa de amor. Uma vontade de conseguir algo que possa servir a sociedade. É uma paixão”. A Bahia é o maior produtor nacional de maracujá. Responsável por 50% da produção do Nordeste e cerca de 43% da produção nacional.

    Atrás de soluções inovadoras para o cultivo da fruta, Onildo coordena várias pesquisas e uma equipe de 12 estudantes. Jovens interessados em seguir a carreira científica. 
    São cientistas como Idália Souza dos Santos, de 28 anos. Ela pesquisa uma nova variedade de maracujá que seja resistente a CABMV, uma virose que endurece os frutos e pode diminui pela metade a produção de um pomar. 

    “A ciência é união. A gente trabalha com o alimento e com pequenos agricultores, que plantam o que vai para a nossa mesa. A gente tenta melhorar o cultivo exatamente para isso. Para servir a muitas pessoas. A ciência também tem esta função. Faz a gente sair do nosso ego e começar a pensar nos outros. É uma ciência mais humana. Ser cientista é ser um apaixonado por mudar e melhorar a vida dos outros seres humanos”, diz a estudante bolsista do mestrado em recursos genéticos vegetais.

    Centro de Excelência

    A unidade da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), em Cruz das Almas, no Recôncavo Baiano ocupa mais de 260 hectares no município. É o maior polo de pesquisa agrícola do país com foco na mandioca e na fruticultura tropical, especialmente nas culturas do abacaxi, laranja, limão, mamão, maracujá e banana, que estão entre as frutas mais consumidas no mundo. 

    A instituição foi criada, exatamente, para desenvolver inovações tecnológicas que pudessem ajudar na produção de alimentos, na manutenção da produção agrícola e no combate aos problemas que afetam a agropecuária brasileira. Tem sido assim desde 1973. E esta ciência se torna cada vez mais necessária diante de fatores climáticos adversos, da falta de estrutura no campo, e das pragas e doenças que atingem as lavouras.

    A Embrapa Mandioca e Fruticultura é a única do país e abriga atualmente mais de 70 pesquisadores e 220 estudantes, que se debruçam todos os dias sobre as ciências agrárias. Quem visita o local pode ver de perto, por exemplo, os chamados bancos de germoplasma. São áreas que guardam exemplares de alimentos do mundo inteiro. Só no espaço reservada aos citrus, existem mais de 500 espécies de laranjas e limões trazidos de várias partes do mundo. Um acervo gigantesco que vem sendo reunido há mais de 40 anos.

    Tempo

    As pesquisas podem levar décadas para serem concluídas. Mas o tempo é tratado como um aliado pelos cientistas. Que o diga o professor Hermes Peixoto, um dos fundadores da Embrapa. Aos 80 anos, o cientista trabalha todos os dias. Se envolve nas pesquisas com a mesma empolgação e curiosidade de um jovem iniciante.

    O trabalho em conjunto é apontado como um dos segredos da sua longevidade. “Eu sempre trabalhei com equipe. Nunca sozinho. O trabalho individualizado não beneficia a ciência. Eu vivo dentro do laboratório, rodeado de jovens cientistas, e posso auxiliá-los. Eu me sinto realizado com isso”, diz o pesquisador, autor de mais de 150 livros, mestre em microbiologia agrícola e especialista em fitopatologia, que é o estudo das doenças das plantas.

    Com 53 anos de trabalho, ele atua ao lado de 2 estagiários e 26 estudantes de graduação e pós-graduação. “Meu sonho era chegar a esta altura da vida e poder ser útil. E posso dizer que estou ativo e moderno”, acrescenta. Apesar dos cortes no orçamento que atingem os projetos e instituições de pesquisa de todo o país, o pesquisador demonstra confiança: “As pesquisas passam por um momento de muita dificuldade. Mas os projetos existem, as ideias também e as inovações surgem a todo momento”, finaliza o cientista.

    Fonte: Jornal CORREIO

  • Entidades debatem lei do produto artesanal na CNA

    Entidades debatem lei do produto artesanal na CNA

    O governo sancionou em junho deste ano a lei 13.680 que criou novas regras para o comércio de queijos artesanais e embutidos no Brasil. A principal delas é a exigência de um Selo Arte que identificará o produto em todo o território nacional. O assunto foi tema do primeiro dia do Festival Fermentar, realizado na sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília.   

    O evento é promovido pela Ong SerTãoBras e o restaurante Teta Cheese Bar e terá duração de três dias. Na CNA, o debate recebeu produtores e entidades ligadas à produção queijeira do País para tratar da regulamentação da lei.

    Para o presidente da Associação dos Produtores de Queijo Canastra (Aprocan), João Carlos Leite, a nova lei trouxe legalidade à produção de queijo no Brasil. Ele defendeu que cada estado tem que legislar de acordo com sua cultura, regionalidade e tradicionalidade.

    “O Selo Arte é a comunicação que vai permitir a comercialização para quando um consumidor chegar à gôndola dos supermercados identificará que é um produto agro artesanal. E ser agro artesanal não significa que não terá fiscalização e um sistema de inspeção, quem vai fazer é o estado,  reconhecendo suas tradicionalidades,” afirmou.

    Leite frisou que o órgão mais indicado para ficar à frente dessa fiscalização por já estar ligado à produção artesanal é a Secretaria de Mobilidade Social, do Produtor Rural e do Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

    Na avaliação de Altino Rodrigues, representante da Federação de Agricultura e Pecuária de Minas Gerais (Faemg), os benefícios que a lei trouxe para o produtor de artesanais superam os defeitos.

    “Os benefícios serão muito maiores desde que haja um entendimento nos estados e as discussões continuem, porque é uma luta de muitos anos para o reconhecimento desses produtos. Além disso, é fundamental para nós que a criação do Selo Arte fique a cargo da Secretaria de Mobilidade e Cooperativismo.”

    Wander Bastos, da Federação da Agricultura e Pecuária de São Paulo (Faesp), disse que Ministério da Agricultura precisa atuar logo na criação do Selo Arte para que cada estado não comece a criar o seu próprio selo, fazendo com o que se perca a identidade do produto agro artesanal.

    “A CNA acredita que com a regulamentação a produção de alimentos artesanais no País será impulsionada e a comercialização desses produtos tenderá a fluir sem maiores entraves, que era um gargalo do setor”, afirmou Thiago Francisco Rodrigues, assessor técnico da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da entidade.

    A lei 13.680/2018 alterou a Lei nº 1.283 de 1950 que regulamenta o processo de fiscalização de produtos alimentícios de origem animal produzidos de forma artesanal.

    Assessoria de Comunicação CNA/SENAR

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